Um dos dois homens presos pela Polícia Civil no condomínio Princesa Isabel, em Porto Alegre, cumpria prisão domiciliar humanitária. A ordem judicial que autorizou o benefício determinava que ele cumprisse pena justamente no residencial conhecido como 'Carandiru' que, conforme revelou o Correio do Povo, movimenta R$ 1 milhão por mês com a venda de drogas.
A dupla capturada nesta quarta-feira acumula antecedentes por tráfico, tentativa de homicídio, roubo, associação criminosa armada, porte ilegal de armas e receptação. Ambos os suspeitos aparecem em um vídeo gravado em frente ao local, também conhecido como Carandiru, ostentando armas de fogo e ameaçando traficantes rivais.
Segundo o delegado Rafael Liedtke, que comandou a ação, a arma que aparece nas imagens foi apreendida junto a porções de cocaína e maconha. Trata-se de uma pistola de calibre 9 milímetros, de uso restrito e com numeração raspada. "Essa pistola estava dentro do apartamento de um dos suspeitos. A arma estava municiada e pronta para disparar, quase houve um confronto quando os policiais entraram no imóvel", destacou.
Os presos foram conduzidos pela Polícia Civil até a sede do Departamento de Investigação do Narcotráfico (Denarc), para a realização dos procedimentos legais concernentes. Após, serão encaminhados ao sistema carcerário gaúcho, ficando à disposição da Justiça.
Segundo as forças policiais, o tráfico de drogas no condomínio é chefiado por Jurema Cristina Marques Perez, a 'Tina'. Ex-esposa do líder de uma facção, ela mora no Rio de Janeiro e está foragida. A filha e o genro dela foram presos no início do mês, apontados como gerentes da organização criminosa.
Marcel Horowitz