Hospital Beneficência Portuguesa sofre novo furto

Hospital Beneficência Portuguesa sofre novo furto

Instituição foi atacada três vezes nos últimos 40 dias

Franceli Stefani

Instituição foi atacada pela terceira vez em 40 dias

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O Hospital Beneficência Portuguesa, no Centro de Porto Alegre, foi alvo de um novo furto nesta madrugada – o terceiro em cerca de 40 dias. Desta vez, foram levados equipamentos da sala onde funciona o banco de sangue da unidade, por volta as 6h. A ação foi percebida porque havia água no corredor da unidade, por volta das 6h. Quando seguiram o rastro, os profissionais perceberam o que havia ocorrido.

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De acordo com o presidente do Hospital Beneficência Portuguesa, Augusto Veit, não há como saber quantas pessoas invadiram a sala, justamente porque ninguém notou a presença deles no local. “Pelo que percebemos eles entraram através de um equipamento de ar-condicionado que fica na escadaria, ao lado da Igreja da Conceição. Foram levados dois aparelhos, motores de refrigeradores, um computador e até as torneiras eletrônicas, elas estavam instaladas porque os colaboradores não podem manuseá-las pelo risco de contaminação”, explicou.

Veit ponderou que, ao menos, as bolsas de plasma que estavam nas geladeiras não foram levadas pelos suspeitos. “Ainda bem que não levaram, porém como ficaram sem refrigeração elas foram inutilizadas. Nesta segunda-feira vamos ver que medidas serão tomadas”, disse, com ar de tristeza.

De acordo com o presidente, a segunda-feira será para “ver para que lado a gente corre”. O hospital fez o levantamento do que foi levado ou ficou danificado e fez algumas fotos do espaço. A ocorrência foi registrada na Delegacia de Polícia Civil, mas nenhuma perícia técnica foi solicitada.

Baixo movimento do hospital facilita invasões


Sem ter noção do tamanho do prejuízo, disse que como o local em que os criminosos entraram é escondido, nem mesmo a vigilância percebeu. “Tem o viaduto ali, então existe barulho e é de difícil visibilidade. No entorno, na escadaria, percebemos muitos usuários de drogas. Não que eles tenham sido os autores, mas eles estão aí”, lamentou. Conforme o presidente, há cerca de 40 dias os responsáveis pelo monitoramento conseguiram inibir um furto. “Há duas ou três semanas não foi possível, eles invadiram e levaram um laptop e dois celulares. Foi o mesmo modo de operação da madrugada.”

O fato da baixa movimentação na unidade hospitalar, devido à crise enfrentada, é fácil o acesso de criminosos. “Qualquer um entra, por uma janela, por um buraco de ar-condicionado. Desta vez eles invadiram e ficaram restritos ao setor, ou seja, duas peças que eram uma ao lado da outra.”

A primeira providência tomada pela administração foi analisar o espaço alvo do furto: “Nós retiramos os documentos que estavam guardados no local, porque pessoas que receberam transfusão têm uma ficha conosco. Ela precisa ser conservada para futuras fiscalizações”.

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