Incêndios de ônibus podem ter sido ordenados de dentro do presídio

Incêndios de ônibus podem ter sido ordenados de dentro do presídio

Prefeito de Porto Alegre não descarta uso da Força Nacional se confirmada suspeita

Correio do Povo e Rádio Guaíba

Cinco ônibus foram alvos de incêndios em Porto Alegre

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Os incêndios de cinco ônibus e um lotação, ocorridos na noite dessa terça-feira na zona Sul de Porto Alegre, podem ter sido realizados a partir de uma ordem vinda do Presídio Central. Caso seja confirmada esta suspeita, o prefeito José Fortunati não descarta pedir novamente o uso da Força Nacional na cidade.

"É inadmissível que a gente assista a este fato sem tomar medidas concretas. Tenho certeza de que o secretário de Segurança já deve estar elaborando um plano para que a gente consiga dar uma resposta imediata ao banditismo. É claro que a orientação sobre o tema é do governo do Estado, mas, se durante o dia, for confirmada a informação de que os atos partiram do presídio, é preciso buscar a Força Nacional para que seja possível tranquilizar a população", disse Fortunati nesta quarta-feira em entrevista à Rádio Guaíba.

Fortunati admitiu que possa haver uma falta de sincronia nos discursos do governo do Estado e da Prefeitura de Porto Alegre em relação à Segurança. "Em relação às propostas, pode até haver uma falta de sintonia, mas estamos atuando de forma coesa. Não quero criar clima de tensão, mas vou conversar com o governador como um prefeito de uma cidade que sofreu um atentado e naturalmente eu preciso me posicionar", declarou.

O prefeito lamentou ainda o fato de que a municipalização do serviços de Segurança nunca tenha sido levado adiante pelo Congresso Nacional. "É um belo debate e até já foi feito em Brasília, com a presença de diversos especialistas. Quando esses episódios acontecem, quem é cobrado é o prefeito. As pessoas nas ruas fazem isso. Claro que me diz respeito, mas o tema está sob os cuidados de outra esfera", acrescentou. 


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