Inocentes podem estar entre as vítimas de chacina em Cidreira

Inocentes podem estar entre as vítimas de chacina em Cidreira

Duas casas foram incendiadas, duas pessoas morreram carbonizadas e outras três foram assassinadas a tiros

Guilherme Sperafico

IGP realizou os levantamentos nas casas incendiadas em Cidreira, na tentativa de identificar pistas deixada pelos executores

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Quatro pessoas praticamente sem antecedentes criminais estão entre as vítimas fatais da chacina registrada no início da noite de quarta-feira em Cidreira, no Litoral Norte. Além disso, o único morto com antecedentes possui passagem policial apenas como suspeito. Com isso, a Polícia Civil acredita que possam haver inocentes, sem envolvimento com o crime organizado, entre os mortos.

Durante toda a noite e a madrugada, diversas unidades da Polícia Civil e Brigada Militar realizaram diligências, na busca por informações que pudessem levar a eventuais suspeitos e para elucidar o caso. Até as primeiras horas da manhã, ainda não havia confirmação de nenhuma prisão.

O crime foi registrado pouco antes das 18h, no bairro Parque dos Pinos. Criminosos armados teriam atacado o primeiro endereço e atirado contra pelo menos duas pessoas. Uma delas morreu e a outra ficou ferida.

Depois, ainda tiveram tempo de atear fogo em duas residências, antes de fugir do local. Duas pessoas morreram carbonizadas, porém há suspeita de que elas também tenham sido baleadas durante a ação. Os mortos tinham 19, 61 e 68 anos.

Na mesma rua, algumas quadras adiante, outros dois homens com idades de 44 e 66 anos foram assassinadas a tiros. Um terceiro baleado sobreviveu ao ataque.

Nas residências incendiadas, o Corpo de Bombeiros apagou as chamas e localizou os mortos. Os locais foram isolados pela BM. O Instituto Geral de Perícias (IGP) esteve nos cenários dos crimes para fazer os levantamentos e tentar identificar eventuais rastros deixados pelos executores, assim como apontar a dinâmica com que o crime foi cometido.

O Comando Regional de Polícia Ostensiva do Litoral (CRPO Litoral), 8º BPM, Comando de Polícia de Choque (CPChq) e Batalhão de Operações Especiais (BOPE) mantêm policiamento intenso em Cidreira, com buscas a possíveis envolvidos no crime. A 23ª Delegacia Regional da Policia Civil, a DP de Cidreira e DHPP de POA, em comunhão de esforços com a BM local, intensificaram ações para a identificação dos envolvidos. Nesta quinta-feira, uma coletiva de imprensa está marcada para a manhã, e as autoridades devem falar oficialmente sobre o caso.


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