Inquérito isenta dono de pitbull por morte de menino em Capão da Canoa

Depois de quase quatro meses de investigação, a Polícia Civil concluiu o inquérito da morte do menino atacado por pitbull no Litoral Norte sem indiciamentos. Gustavo Nunes Gomes de Souza, de cinco anos, que foi morto pelo cão em Capão da Canoa em fevereiro quando brincava no pátio da casa do vizinho. Segundo o delegado Valdernei Tonete, não houve imprudência, imperícia ou negligência por parte do dono do cão. O processo vai, agora, ser encaminhado ao Ministério Público, que pode arquivar o caso.

“Depois de muitos depoimentos, concluímos que o animal estava amarrado com corrente e cordão de nylon. Portanto, houve todas as precauções por parte do dono e não é possível confirmar culpa na triste fatalidade que culminou nessa tragédia durante o verão”, explicou Tonete.

Conforme o titular da delegacia de Capão de Canoa, se discordar das conclusões da polícia, o promotor ainda pode formalizar a denúncia, para que a justiça determine se o caso configurou ou não homicídio culposo (sem intenção de matar). Gustavo jogava videogame com uma amiga de 11 anos, na casa do dono do cão, quando resolveu brincar na piscina, nos fundos da residência.

O pitbull mordeu a criança no pescoço. Apenas a menina, enteada do proprietário da casa, presenciou o ataque. Gustavo chegou a ser socorrido com vida e levado para o Hospital de Pronto-Socorro, em Porto Alegre, de avião. Depois de três paradas cardíacas, não resistiu.