Inquérito sobre morte de jornalista em Porto Alegre deve ser concluído no final de maio

Inquérito sobre morte de jornalista em Porto Alegre deve ser concluído no final de maio

Peritos encontraram provas consideradas irrefutáveis do crime contra Tagliene Padilha

Correio do Povo

Inquérito sobre morte de jornalista em Porto Alegre deve ser concluído no final de maio

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O Instituto-Geral de Perícias (IGP) obteve provas irrefutáveis contra o suspeito de assassinar o jornalista Tagliene Padilha Cruz, 33 anos, a partir dos resultados dos laudos periciais já obtidos. Uma bagana de cigarro e uma taça de vidro estão entre o material que incrimina um jovem, de 25 anos, preso temporariamente no dia 11 deste mês em uma clínica de reabilitação em Carlos Barbosa. Com as evidências, a Polícia Civil pretende concluir o inquérito até o final deste mês.

“Vamos pedir a prisão preventiva do suspeito”, anunciou na manhã desta segunda-feira a titular da 2ªDPHPP, delegada Roberta Bertoldo, durante entrevista coletiva à imprensa na Secretaria da Segurança Pública do Estado. A morte do jornalista ocorreu na noite de 24 de abril no apartamento da vítima na avenida João Pessoa, no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre.

Na entrevista coletiva à imprensa, o diretor-geral do IGP, perito criminal Cleber Ricardo Teixeira Müller, detalhou as provas que apontam o envolvimento do jovem no crime. “Na sacada foi encontrada uma concha marinha usada como cinzeiro onde foram identificadas várias baganas de cigarros de marcas distintas. Um taça usada também foi localizada na cozinha. Em ambos os casos foi coletado material biológico para exame de DNA”, relatou. 

Segundo Müller, as análises deram positivo na comparação com o DNA do suspeito. “O perfil genético do suspeito está na cena do crime”, afirmou, acrescentando que uma das marcas de cigarros encontradas nas baganas apresenta indícios de ser a mesma adquirida quando a vítima e o jovem estiveram efetuando compras juntos em um posto de combustíveis conforme revelam as imagens do estabelecimento. Já uma tatuagem existente no braço do jovem é idêntica àquela que aparece parcialmente no suspeito nessas imagens. Outro vídeo, onde mostra o jovem abandonando o prédio da vítima, comprovou também que o autor do crime vestia um moletom, tênis e mochila levados do apartamento.

Os laudos periciais confirmaram que Tagliene foi morto por esganadura. Uma reação com luta corporal da vítima não foi comprovada por enquanto, sugerindo que tenha sido surpreendida pelo autor do crime. Já a pancada na cabeça, encontrada no jornalista, ainda está sendo apurada pelos peritos. O jovem nega todas as acusações, admitindo apenas que conhecia Tagliene.

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