Integrantes do PCC podem ter agido no Rio Grande do Sul

Integrantes do PCC podem ter agido no Rio Grande do Sul

Prisão de gangue levou autoridades gaúchas a investigar ataques a bancos

Correio do Povo

Policiais paranaenses apreenderam armamento potente com a quadrilha

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A captura de oito integrantes da facção criminosa paulista Primeiro Comando da Capital (PCC) com armamento potente e explosivos na cidade litorânea de Matinhos, no Paraná, despertou a atenção do delegado Joel Wagner, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), em Porto Alegre. Ele confirmou na manhã desse domingo que pretende entrar em contato com os colegas do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) da Polícia Civil paranaense para trocar informações. Wagner disse suspeitar que a quadrilha também tenha agido no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. No Cope, os agentes admitiram a possibilidade de envolvimento de gaúchos com o grupo do PCC, formado por paulistas.

A desconfiança do delegado do Deic se deve ao fato de ataques similares aos ocorridos no Paraná também terem sido cometidos em solo gaúcho, em especial no interior do Estado. O uso de explosivos, muitas vezes destruindo as estruturas dos prédios, além de os assaltantes, via de regra, sempre portarem armas potentes, como metralhadoras ou fuzis.

Os policiais paranaenses apreenderam na residência em que estavam os bandidos quatro fuzis, três pistolas, uma espingarda, munição, emulsão e explosivos, um carregador de fuzil e coletes balísticos, além de grande quantidade de dinheiro, parte da estrutura plástica de caixas eletrônicos e três veículos, sendo um deles blindado. O grupo foi preso sem reagir. A detenção da gangue ocorreu na última sexta-feira.

Os agentes estavam monitorando os suspeitos de participação na explosão de caixas eletrônicos em Matinhos. No momento de deflagrar a ação de captura da quadrilha, o Cope teve o apoio da força-tarefa do Departamento de Inteligência do Estado do Paraná (Diep) e do Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial (Tigre), também da Polícia Civil, além da Polícia Militar daquele estado. “É uma das prisões mais importantes ocorridas no Paraná nos últimos anos”, disse Fernando Francischini, secretário da Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná. “Já são vários caixas eletrônicos explodidos por essa gangue. Estamos investigando a participação deles inclusive em outros estados.”

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