Investigação é aberta após Flordelis admitir ter usado celular na cadeia para falar com o namorado
Segundo a Seap, ex-deputada federal chegou a ser punida, mas não permaneceu em isolamento por recomendação médica
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Uma investigação foi aberta pela Seap (Secretaria de Administração Penitenciária) após um celular ter sido encontrado na cela da ex-deputada federal Flordelis, na Penitenciária Talavera Bruce, em Bangu, na zona oeste do Rio, no dia 11 de maio. O caso veio à tona somente nesta quinta-feira (13).
Ainda de acordo com a Seap, o telefone não pertencia a Flordelis, mas ela admitiu ter usado o aparelho dentro da cadeia para mandar mensagem para o namorado. A ex-deputada federal foi punida com o isolamento, mas não permaneceu na ala por orientação médica.
A defesa de Flordelis alegou que o aparelho celular foi introduzido na cela da ex-deputada federal e ficou durante 18 dias no local, sendo usado por outras presas, com a conivência de guardas. Os advogados afirmaram que a vistoria ocorreu depois que Flordelis usou o telefone em uma única vez.
A defesa acrescentou, ainda, que o caso passou a ser usado para chantagens e ameaças contra Flordelis. Os representantes afirmam que, com pleno conhecimento dos fatos, acionaram o juiz-corregedor responsável pela Vara de Execuções Penais do Rio e a Coordenadoria Responsável pelos Presídios Femininos, além da Polícia Civil do Estado.
Com relação às denúncias, a Seap declarou que elas devem ser informadas aos órgãos responsáveis e que tem total interesse nos esclarecimentos dos fatos.
Acusada de ser a mandante da morte do pastor Anderson do Carmo, Flordelis está presa há mais de um ano. O julgamento dela está marcado para ocorrer no dia 7 de novembro.