Investigação de explosão a banco é complexa, diz delegado

O delegado do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), Joel Wagner, afirmou nesta sexta-feira que a investigação sobre a explosão que ocorreu no Banrisul de Minas do Leão é considerada complexa. Durante a madrugada, quatro homens explodiram a agência antes de arrombar caixas eletrônicos.

Wagner relatou que este tipo de crime não pode ser apurado de qualquer maneira. Segundo ele, duas das quatro explosões ouvidas por moradores da cidade falharam. "Acreditamos que esta quadrilha pode ser uma que vem utilizando explosivos em ataques anteriores ou um grupo novo, formado por integrantes de outros bandos", explicou.

Conforme o delegado, imagens de uma farmácia próxima à agência podem ajudar nas investigações do Deic. Os quatro homens usaram um Ford Focus prata na ação e portavam armamentos longos.

A advogada Camila Valente, 28 anos, moradora das proximidades do banco, disse que ouviu as quatro explosões. O intervalo entre a segunda e a terceira foi mais longo, segundo ela. Camila afirmou ainda que as janelas de sua casa tremeram por conta força do estrondo.

Testemunhas relataram aos policiais que viram a quadrilha deixar o local do crime com dois sacos amarelos, provavelmente recheados com dinheiro da agência. O Deic ainda não tem informações sobre a direção que os criminosos fugiram após o arrombamento.

Mais três agências arrombadas

Além de Minas do Leão, outras três cidades registraram ações semelhantes. Em Seberi, na Zona da Produção, e Vila Flores, no Nordeste, agências do Banrisul foram invadidas, enquanto em Barra do Ribeiro os assaltantes invadiram um Banco do Brasil.

Na cidade de Vila Flores, dois caixas eletrônicos do Banrisul foram arrombadas com maçarico. O mesmo procedimento foi realizado na invasão do Banco do Brasil em Barra do Ribeiro. A BM também não soube dizer se os bandidos conseguiram levar dinheiro.

Em Seberi, outro Banrisul foi alvo dos criminosos, onde caixas eletrônicos também foram violados com o auxílio de maçaricos. O crime pode estar relacionado ao sequestro de um gerente de banco, ocorrido em Erval Seco. O funcionário mora na cidade, mas trabalha em Seberi. Além do homem, outros dois familiares também foram sequestrados e ficaram em poder de criminosos por 30 minutos.