Investigação sobre ataques com ácido se concentra em placas de carro suspeito

Investigação sobre ataques com ácido se concentra em placas de carro suspeito

Hyundai HB20 branco foi usado em quatro dos cinco ataques registrados em Porto Alegre

Correio do Povo

Placas de carro usado em ataques é o foco da investigação da Polícia Civil

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A investigação em torno do "maníaco do ácido" irá focar na identificação das placas do Hyundai HB20, de cor branca, visto em quatro dos cinco ataques cometidos nos dias 19 e 21 de junho nos bairros Nonoai e Aberta dos Morros, na zona Sul de Porto Alegre. A informação é do titular da 13ª Delegacia de Polícia, delegado Luciano Coelho. Segundo ele, a análise das imagens de câmeras de monitoramento pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP), onde aparece o carro suspeito, prossegue de modo intensivo. Em entrevista nesta segunda-feira, Coelho explicou que as alguns caracteres do emplacamento do carro foram obtidos, mas ainda não permitiram a identificação mesmo com diversas combinações de letras e números que foram efetuadas. 

“Estamos tentando descobrir se é um carro quente (legalizado), roubado ou clonado”, citou como exemplo. “Conseguimos mais algumas imagens”, adiantou. Sobre a substância corrosiva usada nos ataques ter sido um ácido sulfúrico conforme laudo do IGP entregue na última quinta-feira, o delegado Luciano Coelho observou que o produto químico é de uso controlado na venda, mas o leque de possibilidades é enorme. “Várias pessoas têm acesso”, resumiu, referindo-se à dificuldade em definir uma linha investigatória sobre a origem. 

Coelho lembrou que, diante da falta de um suspeito, inexiste um perfil psicológico do agressor cujo rosto não foi visto pelas vítimas no momento em que o líquido corrosivo foi arremessado.  “Não tem como pois é uma questão de reflexo. A pessoa automaticamente vira o rosto...é normal”, observou, recordando que o agressor jogou de dentro do veículo, com o vidro aberto, em quatro dos cinco ataques registrados. 

Conversa com moradores 

O fato dos ataques terem cessado após o início da investigação policial também chamou a atenção dos policiais civis. A equipe da 13ª DP ouviu até a vizinhança da rua Santa Flora, no bairro Nonoai, e da rua Francisca Prezzi Bolognesi, no bairro Aberta dos Morros, onde ocorreram os ataques. “Durante oito dias falamos com todos os moradores”, frisou. 

A Polícia Civil mantém um canal aberto para o recebimento de denúncias mesmo anônimas através dos telefones 197 e d (51) 3242-1108, ambos funcionando nas 24 horas. “Tivemos cinco trotes. Isso só prejudica e atrapalha”, lamentou o delegado Luciano Coelho. De acordo com ele, o trabalho investigativo está inclusive em sintonia com a Brigada Militar, que também permanece em alerta na região.


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