Júri condena réus do Caso Eliseu Santos a 27 anos e 10 meses de prisão
Dupla foi considerada culpada pelo homicídio do ex-vice-prefeito de Porto Alegre
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Conforme o Ministério Público, a execução de Eliseu foi encomendada após a quebra de contrato da vigilância Reação com a Prefeitura. A empresa fazia serviço de segurança em postos de saúde. O negócio foi desfeito após a Pasta da Saúde, da qual Eliseu era titular, descobrir um esquema de corrupção, com a cobrança de propina, para manter o convênio.
Segundo essa tese, entre os mandantes do crime estão o dono e funcionários da Reação. Para cada um dos executores, foram pagos supostos R$ 15 mil. “Eu entendo que a prova está se encaminhado para aquilo que a gente sempre disse, de que se trata de um homicídio de encomenda”, avaliou a promotora Lúcia Helena.
Crime
Eliseu Santos morreu baleado com dois tiros na noite de 26 de fevereiro de 2010, quando saía de um culto evangélico na rua Hoffmann, no bairro Floresta, acompanhado da mulher e da filha. Treze pessoas respondem, na Justiça, pelo assassinato. Em seis anos, o júri popular iniciado é o primeiro a se concretizar.
Responsável pelos disparos contra o político, o réu Eliseu Pompeu Gomes segue detido, mas chegou a ser liberado após o crime. Em 2014, ele trocou tiros com PMs em São Leopoldo, no Vale do Sinos, e voltou à prisão. Pela tentativa de homicídio contra os militares, Pompeu recebeu pena de 49 anos de prisão. O segundo réu, Fernando Júnior Treib Krol, espera julgamento em liberdade.
Gomes e Krol ainda respondem por cinco crimes conexos: comunicação falsa de crime (apenas Gomes), receptação de veículo roubado (do carro usado no ataque), adulteração de placa, fraude processual (queima do veículo) e formação de quadrilha.