Júri de acusados da morte de Ronei Faleiro começa na próxima semana em Charqueadas

Júri de acusados da morte de Ronei Faleiro começa na próxima semana em Charqueadas

Jovem foi espancado e golpeado com cacos de vidro em agosto de 2015 na cidade

Correio do Povo

Vítima foi cercada e agredida junta com o pai e um casal de amigos na saída da festa de formatura

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O júri popular de nove acusados da morte do jovem Ronei Faleiro Júnior, ocorrida em agosto de 2015 em Charqueadas, começa na próxima segunda-feira, dia 18, a partir das 9h. O julgamento por homicídio qualificado, associação criminosa e corrupção de menores será presidido pela Juíza de Direito Greice Moreira Pinz, da 1ª Vara Judicial da Comarca de Charqueadas, sendo realizado no salão de festas da Afaço. A expectativa da magistrada é de que o julgamento dure quatro ou cinco dias. Os réus respondem também por tentativa de homicídio contra o pai da vítima e o casal de amigos.O crime teve forte repercussão na época.

Além das três vítimas e dos réus, 22 testemunhas foram convocadas até agora por acusadores e defensores. Durante a instrução do processo, quase 40 pessoas foram ouvidas. O acesso será restrito e apenas familiares das vítimas estão autorizados para acompanhar a sessão. Os promotores de Justiça Márcio Abreu Ferreira da Cunha, João Cláudio Sidou e Márcio Schlee Gomes vão atuar no caso. Com exceção de um que cumpre prisão domiciliar, os demais oito réus estão recolhidos na Cadeia Pública de Porto Alegre. 

Ronei Faleiro Júnior foi assassinado ao amanhecer do dia 1º de agosto de 2015 após deixar uma festa no Clube Tiradentes, em Charqueadas. O evento foi promovido para arrecadar fundos para a formatura do rapaz. Segundo testemunhas, dentro do prédio, um amigo da vítima foi ameaçado de morte pelos integrantes de um “bonde” integrado por adolescentes entre 15 e 21 anos. Na saída da festa, Júnior ofereceu carona a esse amigo e à namorada dele.

Conforme o combinado, o pai de Júnior foi buscar os garotos. Ao chegar ao local, por volta das 5h, ele notou que o filho e o casal caminhavam depressa para entrar no carro. Já perto do veículo, os quatro foram abordados pelo bando de adolescentes. Júnior foi atingido por chutes, socos e garrafadas, e ainda foi golpeado com cacos de vidro. Com traumatismo craniano, ele não resistiu aos ferimentos e morreu durante atendimento médico em um hospital de Porto Alegre.

Segundo apurou a investigação da Polícia Civil na época, o relato de testemunhas que estavam no local foi o determinante para a identificação dos envolvidos. Imagens de um câmera de monitoramento registraram o crime. “Eles eram conhecidos. Todo mundo sabia quem eram”, observou uma das pessoas que foram ouvidas. Depois do ataque, os suspeitos festejaram as agressões por meio de conversas pelo WhatsApp. Eles narraram os detalhes das garrafadas, estocadas com cacos de vidros, pontapés, socos e voadoras desferidas contra as vítimas.

 


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