Jovens executados no Bom Jesus não tinham antecedentes criminais

Jovens executados no Bom Jesus não tinham antecedentes criminais

Trio foi morto a tiros na noite de domingo, na avenida Protásio Alves

Correio do Povo

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 A Polícia Civil e a Brigada Militar confirmaram, na manhã desta segunda-feira, que os três jovens executados no bairro Bom Jesus, em Porto Alegre, não tinham antecedentes criminais. Eles foram mortos a tiros na avenida Protásio Alves na noite de domingo.

Nas redes sociais, familiares e amigos das vítimas postaram mensagens dizendo que os jovens não eram criminosos. O trio caminhava quando foi surpreendido por ocupantes de um suposto Peugeot 206, de cor preta, sendo rendidos antes da execução com vários tiros.

Para o diretor da Divisão de Homicídios, delegado Gabriel Bicca, ainda é muito cedo para “descobrir” o motivo dos jovens terem sido assassinados. “Existe um contexto de conflito de organização criminosa naquela região, mas não se pode concluir de início que as vítimas são personagens ativos”, afirmou.

O caso é investigado pela 3ª Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa, sob comando da delegada Luciana Smith.

Seis mortes em dois dias

Além da execução dos jovens na avenida Protásio Alves, a Polícia Civil investiga outras três mortes no final de semana: no bairro Teresópolis, Rubem Berta e Santa Tereza.

No caso do bairro Santa Tereza, além de um homem morto, outras três pessoas ficaram feridas após tiroteio em uma praça. Os atiradores estavam em um Ford Fusion. Os feridos foram encaminhados ao postão da vila Cruzeiro do Sul, dois deles foram transferidos ao Hospital de Pronto Socorro e o terceiro ao Cristo Redentor.

Na fuga, os atiradores entraram em confronto com o efetivo da Força Nacional, abandonando o Ford Fusion e roubando um Renault Fluence.

Bicca observou que o monitoramento da violência foi intensificado em Porto Alegre nos últimos meses. “Na realidade passamos períodos sem que fatos graves aconteçam, mas quando acontece um fato desses (a execução dos três jovens) acende o sinal amarelo”, explicou.

O delegado entende que todos os casos em Porto Alegre acabam chegando sempre ao mesmo conflito envolvendo duas conhecidas facções criminosas na cidade. “Estamos mapeando”, assegurou, referindo-se à análise dos homicídios nos último dias.
 


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