Juíza dissolve corpo de jurados em julgamento de acusados de atacar judeus
Sessão teve complicações, com homem que pediu para testemunhar e, em seguida, recusou-se a responder perguntas
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A decisão de Cristiane ocorreu por conta da declaração de um jurado que disse não ter condições de continuar no julgamento. O caso começou a ficar complicado quando um homem interrompeu a sessão e pediu para prestar depoimento. Ele chegou a ser réu no processo que resultou nesse júri, mas foi excluído. A juíza, então, consultou os jurados que aceitaram ouvir o rapaz, apesar de as testemunhas serem indicadas com antecedência.
No entanto, ele mudou de ideia e preferiu não se manifestar, respondendo a apenas duas perguntas. Do lado de fora da sala do júri, o rapaz teria feito comentários sobre os outros réus, inclusive o que estava sendo julgado naquele momento. Os jurados tomaram conhecimento e se reuniram para decidir a continuação ou não o júri, que acabou anulado.
Os três réus são acusados de tentativa de homicídio triplamente qualificado. O crime ocorreu na madrugada de 8 de maio de 2005, no bairro Cidade Baixa, na Capital, quando um judeu foi espancado e esfaqueado. Em setembro, Laureano Vieira Toscani, Fábio Roberto Strum e Thiago Araújo da Silva foram condenados pelo mesmo crime, com penas entre 12 e 13 anos de reclusão. Laureano e Fábio tiveram o direito de recorrer em liberdade. Segundo o Tribunal de Justiça, o julgamento dos últimos três réus, Valmir Dias da Silva Machado Júnior, Leandro Maurício Patino Braum e Leandro Comaru Jachetti, poderá ocorrer em março de 2019.