Julgamento de habeas corpus de réus no caso Eliseu é adiado
Desembargador pediu mais tempo para ler 13 dos 20 volumes do processo
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O pedido de liberdade chegou a começar a ser apreciado pelos desembargadores da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJ), porém foi interrompido quando o desembargador Marco Aurélio Canosa pediu vistas do processo. A justificativa do desembargador foi ter conseguido ler apenas sete dos 20 volumes do processo. O julgamento ficou para a próxima quinta-feira.
Pio foi denunciado por suposto envolvimento em um plano para assassinar o ex-secretário municipal da Saúde. Já Souza é acusado, por promotores responsáveis pela investigação complementar do crime, como um dos assaltantes contratados para matar Eliseu. Ambos estão presos no Presídio Central.
Eliseu Santos foi morto em fevereiro deste ano, no bairro Floresta, em Porto Alegre. A Polícia Civil considerou o caso uma tentativa frustrada de assalto, em que Eliseu Santos acabou sendo morto com dois tiros. Três homens, apontados para Polícia Civil como os autores do crime, foram presos poucos dias depois. A promotora de Justiça Lúcia Callegari, em investigações complementares, considerou que o crime foi encomendado e teria sido arquitetado por Pio, o dono da Reação, Jorge Renato Hordoff de Mello, e do ex-assessor jurídico da Secretaria da Saúde, Marco Antônio Bernardes.
Mais tarde, o MP acrescentou novos nomes à lista: o do presidente municipal do PTB, José Carlos Brack, o do ex-funcionário da empresa Reação Jonatan Pompeu Gomes e o do ex-cargo de confiança do PTB Cássio Abreu. O motivo seria a interrupção de um suposto esquema de propina.