Julgamento do caso Bernardo segue nesta quarta-feira
Leandro Boldrini, Graciele e Evandro Wirganovicz tentam evitar juri popular
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O julgamento teve início em janeiro, quando o relator, o d esembargador Sylvio Baptista Neto, negou o pedido das partes. O desembargador Honório Gonçalves da Silva Neto pediu vista do recurso e a desembargadora Cláudia Maria Hardt, que participa do julgamento, decidiu por aguardar.
Respondem ao processo criminal o pai de Bernardo, Leandro Boldrini, a madrasta do menino, Graciele Ugulini, e os irmãos Edelvânia e Evandro Wirganovicz. Eles serão julgados pelo Conselho de Sentença do Tribunal do Júri, onde os jurados decidirão se são culpados ou inocentes dos crimes de homicídio quadruplamente qualificado (Leandro e Graciele), triplamente qualificado (Edelvânia) e duplamente qualificado (Evandro), além de ocultação de cadáver. Leandro Boldrini também responderá pelo crime de falsidade ideológica.
No recurso, Leandro, Graciele e Evandro apontam nulidades no processo e alegam não haver indícios suficientes de autoria ou participação no crime. Eles pedem a desclassificação do delito de que são acusados, o que evitaria o júri popular (responsável por julgar crimes dolosos contra a vida). Já o Ministério Público pede a inclusão da qualificadora do motivo torpe na pronúncia de Evandro Wirganovicz.
Bernardo Uglione Boldrini, de 11 anos, desapareceu em 4 de abril de 2014 , em Três Passos. Seu corpo foi encontrado na noite do dia 14 do mesmo mês, dentro de um saco plástico e enterrado às margens de um rio em Frederico Westphalen.