Julgamento do Caso Eliseu inicia nesta quinta em Porto Alegre
Dois acusados estarão no tribunal. O processo foi cindido em quatro partes pela justiça
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Eliseu Santos foi assassinado com dois tiros na noite de 26 de fevereiro de 2010, na rua Hoffmann. Ele saía de um culto evangélico no bairro Floresta, acompanhado da mulher e da filha. De acordo com o MP, o autor dos disparos foi Eliseu Pompeu Gomes. O processo foi cindido em quatro partes pela Justiça.
Eliseu Pompeu Gomes responde ainda por comunicação falsa de crime. Ele foi baleado por Santos, antes deste cair sem vida. Ao ser atendido no Hospital São Camilo, em Esteio, Gomes informou que havia sido vítima de uma tentativa de assalto. A dupla ainda responde por receptação e adulteração de veículo, uma vez que o carro utilizado no crime foi roubado e teve o chassi modificado.
Ordens
Segundo a denúncia do MP, Gomes e Krol teriam executado o ataque a Eliseu Santos obedecendo ordens de outros três acusados. Estes, de acordo com a promotoria, teriam tido interesses econômicos prejudicados. Gomes e Krol, conforme o Ministério Público, verificaram a rotina do ex-secretário de Saúde e os locais frequentados por ele. A dupla teria seguido Santos nos dias que antecederam o crime e foram os responsáveis pela execução. A denúncia foi apresentada pelo MP em 31 de março de 2010.
Os réus, de acordo com a promotoria, cometeram homicídio quadruplamente qualificado. As qualificadoras são motivo torpe, pois o homicídio foi encomendado por vingança, o crime foi cometido mediante emprego de meio que resultou em perigo comum, uma vez que Gomes atirou diversas vezes em via pública, em local onde há estabelecimentos comerciais e fluxo de veículos, além de a mulher do ex-secretário e sua filha estarem dentro do veículo, ao lado do qual Santos foi atingido, o assassinato também foi cometido mediante recurso que dificultou a defesa da vítima.