A Juíza Titular da 4ª Vara do Júri da Comarca de Porto Alegre, Cristiane Busatto Zardo, aceitou a denúncia do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) contra o indivíduo e foi acusado de matar a namorada em um ritual satânico na noite de 25 de março deste ano no bairro Lomba do Pinheiro, em Porto Alegre. O réu, de 37 anos, se denominava nas redes sociais como bruxo e necromante.
O crime aconteceu na noite do dia 25 de março deste ano, quando a paraense Laila Vitória Rocha de Oliveira, 20 anos, foi morta. Com marcas de golpes de espada, o corpo dela foi encontrado carbonizado parcialmente em uma lareira da residência.
O acusado passa a responder criminalmente pelos crimes de homicídio, qualificado pelo feminicídio, meio cruel e pelo recurso que dificultou a defesa da vítima; destruição parcial do cadáver e posse de munição de arma de fogo de uso permitido. O processo tramita em segredo de justiça.
Segundo o MPRS, o motivo da prática do crime teria sido a inconformidade do réu com o fim do relacionamento. Após o crime, o indivíduo foi preso pela Brigada Militar quatro dias depois na zona de mata na região. A investigação foi realizada pela 1ª Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (1ª Deam) de Porto Alegre.
Nas redes sociais, o acusado difundia a sua seita religiosa em trabalhos de magia e satanismo. A vítima, residente na vila Palmares Sul, na zona rural do município de Parauapebas, no Pará, estava há cerca de dois meses na residência dele. Ela o conheceu através da internet. Testemunhas afirmaram que as brigas eram recorrentes e que a vítima tinha intenção de voltar para casa ainda em março. O local reunia imagens, estátuas e quadros relacionados ao ocultismo.
Correio do Povo