Justiça concede medida protetiva à repórter que acusou Saci do Inter de importunação sexual

Justiça concede medida protetiva à repórter que acusou Saci do Inter de importunação sexual

Medida é válida por seis meses; descumprimento pode acarretar prisão

Marcel Horowitz

Funcionário do Inter foi denunciado por importunação sexual

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A jornalista Gisele Kümpel solicitou medida protetiva de urgência contra o funcionário do Inter que denunciou por importunação sexual. Ela conta que foi assediada durante o Gre-Nal 441. Na ocasião, suspeito trabalhava fantasiado de Saci, mascote do clube.

O Poder Judiciário, em sede de plantão, atendeu ao pedido da vítima. Por ao menos seis meses, o suspeito precisará manter distancia mínima de 300 metros dela. Ele também está proibido de qualquer contato e mesmo de mencioná-la nas redes sociais. O descumprimento de medida pode acarretar em prisão

A repórter afirma que requisitou proteção porque tem receio de outros ataques. “Vou trabalhar no Beira-Rio novamente e não sei se ele [suspeito] será demitido depois do resultado do inquérito. Não tenho garantias de nada, mas precisava fazer o que me cabe pra me sentir segura”, destacou.

Gisele conta que, após um gol do Inter, o funcionário a agarrou e beijou, repetidamente, sem permissão. Antes disso, a comunicadora afirma que o homem já fazia gestos e insinuações durante a partida.

A ocorrência foi registrada no Posto Policial do Beira-Rio, na mesma data do jogo. Um inquérito foi aberto pela 1° Delegacia da Mulher de Porto Alegre. “As investigações seguem com depoimentos de testemunhas ao longo da semana”, afirmou a delegada titular, Cristiane Ramos.

Em nota, o Inter disse que afastou o funcionário. O clube também enfatizou que colabora com as investigações.


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