Justiça mantém internado jovem que cometeu atentado no Colégio Goyases

Justiça mantém internado jovem que cometeu atentado no Colégio Goyases

Adolescente terá que cumprir medidas socioeducativas, além de receber acompanhamento psiquiátrico

Agência Brasil

Justiça mantém internado jovem que cometeu atentado no Colégio Goyases

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A juíza ítala Colnaghi, do Juizado da Infância e Juventude de Goiânia, manteve sob regime de internação o menor de 14 anos que, no dia 20 de outubro, atirou contra colegas no Colégio Goyases, localizado no bairro Conjunto Riviera, em
Goânia. Por envolver um menor de idade, o caso corre sob sigilo. A decisão foi tomada na terça-feira durante audiência de instrução e julgamento do caso que resultou na morte de dois jovens, além de ferir outros quatro. Filho de policiais militares, o jovem terá de cumprir medidas socioeducativas, além de receber acompanhamento psiquiátrico e de ser avaliado periodicamente.

No depoimento que prestou após ter cometido o crime, o autor dos disparos disse que foi motivado por bullying e que se inspirou nos casos da escola de Columbine (ocorrido em 1999, nos Estados Unidos), e de Realengo (em 2011, no Rio de Janeiro). Todas as vítimas tinham 13 anos de idade. Segundo o autor dos disparos, um dos dois jovens mortos era quem praticava o bullying contra ele. O outro era um amigo. Bullying é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais estudantes contra um ou mais colegas.

O ataque ocorreu por volta das 11h30min. A arma usada foi uma pistola que pertencia à mãe do adolescente, que é policial militar. O jovem disse que achou a pistola escondida em um móvel da casa. Nem a mãe e nem o pai, que também é policial militar, ensinaram o adolescente a atirar.

Ao retirar a arma da mochila para começar o ataque, ele chegou a efetuar um disparo acidental, mas não se feriu. O disparou assustou a todos e, então o adolescente se dirigiu ao colega que ele identificava como seu desafeto e atirou. O estudante morreu no local. No depoimento, o autor dos disparos narrou que tinha intenção de matar apenas o colega que o "amolava", mas no momento do ataque, diante do desespero das pessoas e também abalado, continuou atirando.

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