Justiça nega pedido de prisão para motorista que atropelou 17 pessoas em Quintão

Justiça nega pedido de prisão para motorista que atropelou 17 pessoas em Quintão

Jovem de 18 anos responderá pelo crime em liberdade

Samuel Vettori / Rádio Guaíba

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O Judiciário negou o pedido da Polícia Civil – com parecer favorável do Ministério Público (MP) – de prisão preventiva do motorista que, na madrugada de terça-feira de Carnaval, atropelou 17 pessoas em Quintão, no Litoral Norte. Com a decisão, Gilberto Luiz Pellizer Junior, 18 anos, responderá em liberdade pelo crime.

A Justiça determinou que ele compareça semanalmente a uma unidade do Judiciário em Porto Alegre, onde mora. Pellizer também perdeu o direito de dirigir. As duas determinações valem até ser concluída a ação penal, que ainda depende do fim da investigação e da denúncia do MP para ter início. O inquérito deve ser finalizado nos próximos 15 dias, segundo o delegado Peterson Benitz.

A avaliação inicial do policial é de que o jovem vai ser indiciando por tentativa de homicídio com dolo eventual (quando se assume o risco de matar). A pena prevista pode variar entre 10 e 20 anos de reclusão. O motorista tinha carteira de habilitação provisória. mA polícia fez o pedido após ouvir o depoimento de 11 testemunhas.

O incidente aconteceu por volta das 3h, quando um grupo de pessoas que caminhava pela avenida Esparta (a principal do balneário), muito movimentada em função do Carnaval, foi surpreendido por uma caminhonete Ecosport. O condutor prestou depoimento na Delegacia de Cidreira e foi liberado. Ele argumentou que foi atacado porque estava com som alto no carro e, na tentativa de fuga, acelerou e acabou atropelando as pessoas. O condutor passou por exame clínico em Pinhal, mas não foi diagnosticado com sinais de embriaguez. No entanto, ele admitiu ter bebido uma lata de cerveja algumas horas antes do acidente.

Uma das vítimas segue hospitalizada em Tramandaí, mas já deixou a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). A jovem, de 15 anos, teve fratura na bacia e deve permanecer em observação por mais 10 dias. Ela deve ser ouvida pela polícia na próxima semana.

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