Justiça ouve sobreviventes de estupro coletivo no Piauí

Justiça ouve sobreviventes de estupro coletivo no Piauí

Promotor salientou que, apesar do trauma das meninas, depoimentos foram muito proveitosos

Agência Brasil

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As três vítimas sobreviventes do caso de estupro coletivo em Castelo do Piauí foram ouvidas nesta quinta-feira pela Justiça. Segundo o promotor do caso, Cesário Cavalcante, a audiência foi realizada na 2ª Vara da Infância e Juventude de Teresina, cidade onde estão as três meninas. Segundo o promotor, as meninas não têm conhecimento de toda extensão dos fatos. "Mas dentro dos limites delas, da forma em que se encontram, foi muito proveitosa a audiência e as declarações delas.”, analisou o promotor.

No total, a sessão durou aproximadamente duas horas e meia. Uma das meninas, que ainda está internada, também compareceu. As três estavam acompanhadas dos pais e, de acordo com o promotor, estão muito afetadas. Cavalcante explica que, com as declarações das vítimas, ficam encerradas as audiências sobre o caso. “Agora, a próxima fase é a das alegações finais. Vamos fazer um levantamento de tudo, dos depoimentos, dos laudos, para ver se provam que eles são os autores dos crimes”.

Depois desta fase, o processo será encaminhado ao juiz. Caso seja comprovada a participação do adulto, o promotor pedirá que ele seja pronunciado e encaminhado para julgamento no tribunal do júri. Já no caso dos menores, será pedida a internação para cumprimento de medida socioeducativa. “Se ficar provado tudo que narrei na minha representação, vou pedir para o juiz determinar a internação definitiva dos menores, porque eles, atualmente, estão internados provisoriamente, por 45 dias”, explicou o promotor.

Segundo ele, a vítima que ainda está no hospital deve receber alta em breve. Cavalcante salientou que as meninas estão sendo acompanhadas por psicólogos, e que estão reagindo positivamente.

Os crimes ocorreram no dia 27 de maio, segundo a Polícia Civil, em Castelo do Piauí, distante 190 quilômetros de Teresina. As quatro garotas, com idades entre 15 anos e 17 anos, foram encontradas violentadas e desacordadas. No último dia 7, uma das jovens violentadas, de 17 anos, morreu em decorrência de esmagamento da face e de lesões no pescoço e no tórax.

As investigações indicaram que elas foram estupradas, agredidas e arremessadas do alto de um penhasco. Quatro menores foram apreendidos e um adulto preso, suspeitos de envolvimento no crime.

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