Justiça solta um dos réus pelo assassinato de Eliseu Santos
Ex-CC do PTB, Marco Antônio Bernardes é apontado pelo MP como um dos mandantes do crime
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Bernardes trabalhava na Secretaria no período em que Eliseu chefiou a pasta. O ex-assessor se tornou réu a partir de denúncia do Ministério Público Estadual concluindo que Bernardes supostamente ajudou a contratar uma quadrilha para a vítima ser executada, em fevereiro.
Para o MP, Bernardes foi intermediador de um esquema de propinas na Secretaria, que atualmente é alvo de um processo na Justiça Estadual, e foi relacionado ao assassinato. A denúncia aponta que ele arrecadava dinheiro da empresa de vigilância Reação para a companhia manter contratos de prestação de segurança privada em postos de saúde de Porto Alegre. Os valores seriam destinados a caixas de campanha do PTB.
Antes de ser morto, o ex-secretário teria descoberto o esquema e rompido os vínculos da pasta com a Reação. A rescisão do contrato, segundo o MP, teria levado dois integrantes da empresa de segurança, Bernardes e o ex-presidente municipal do PTB José Carlos Brack a contratarem cinco criminosos para assassiná-lo. Os mandantes teriam sofrido prejuízo financeiro milionário devido a medida imposta por Eliseu.
Também estão no banco dos réus Brack e Cássio Abreu, outro ex-CC petebista; os ex-dirigentes da Reação Jorge Renatto Hordoff Mello e Marcelo Pio Machado; além das cinco pessoas apontadas como executores do crime. Atualmente, seguem presos Mello, Machado, e os integrantes da quadrilha.
Eliseu Santos, 63 anos, foi morto a tiros no dia 26 de fevereiro deste ano, quando saía de um culto acompanhado da família, no bairro Floresta, em Porto Alegre. Neste ano, a Delegacia de Homicídios do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) concluiu inquérito apontando que ele havia sido morto ao reagir a um suposto assalto. A versão foi rechaçada pelo MP, que garantiu ter identificado a existência de um crime encomendado com o objetivo de vingança e queima de arquivo.