Justiça solta um dos réus pelo assassinato de Eliseu Santos

Justiça solta um dos réus pelo assassinato de Eliseu Santos

Ex-CC do PTB, Marco Antônio Bernardes é apontado pelo MP como um dos mandantes do crime

Estêvão Pires / Rádio Guaíba

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A 1ª Vara do Júri do Foro Central de Porto Alegre aceitou, nesta sexta-feira, um pedido de liberdade provisória para o ex-CC (cargo de confiança) do PTB Marco Antônio Bernardes, um dos 11 réus pelo assassinato do ex-secretário de Saúde da Capital, Eliseu Santos. Desde abril, ele estava preso em um cela do quartel do Batalhão de Operações Especiais da Brigada Militar.

Bernardes trabalhava na Secretaria no período em que Eliseu chefiou a pasta. O ex-assessor se tornou réu a partir de denúncia do Ministério Público Estadual concluindo que Bernardes supostamente ajudou a contratar uma quadrilha para a vítima ser executada, em fevereiro.

Para o MP, Bernardes foi intermediador de um esquema de propinas na Secretaria, que atualmente é alvo de um processo na Justiça Estadual, e foi relacionado ao assassinato. A denúncia aponta que ele arrecadava dinheiro da empresa de vigilância Reação para a companhia manter contratos de prestação de segurança privada em postos de saúde de Porto Alegre. Os valores seriam destinados a caixas de campanha do PTB.

Antes de ser morto, o ex-secretário teria descoberto o esquema e rompido os vínculos da pasta com a Reação. A rescisão do contrato, segundo o MP, teria levado dois integrantes da empresa de segurança, Bernardes e o ex-presidente municipal do PTB José Carlos Brack a contratarem cinco criminosos para assassiná-lo. Os mandantes teriam sofrido prejuízo financeiro milionário devido a medida imposta por Eliseu.

Também estão no banco dos réus Brack e Cássio Abreu, outro ex-CC petebista; os ex-dirigentes da Reação Jorge Renatto Hordoff Mello e Marcelo Pio Machado; além das cinco pessoas apontadas como executores do crime. Atualmente, seguem presos Mello, Machado, e os integrantes da quadrilha.

Eliseu Santos, 63 anos, foi morto a tiros no dia 26 de fevereiro deste ano, quando saía de um culto acompanhado da família, no bairro Floresta, em Porto Alegre. Neste ano, a Delegacia de Homicídios do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) concluiu inquérito apontando que ele havia sido morto ao reagir a um suposto assalto. A versão foi rechaçada pelo MP, que garantiu ter identificado a existência de um crime encomendado com o objetivo de vingança e queima de arquivo.

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