Líder de facção vai a júri por duplo homicídio na zona Norte de Porto Alegre

Líder de facção vai a júri por duplo homicídio na zona Norte de Porto Alegre

José Dalvani Nunes Rodrigues, o 'Minhoca', é apontado como mandante de morte de casal no bairro Passo das Pedras

Marcel Horowitz

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José Dalvani Nunes Rodrigues, o 'Minhoca', de 41 anos, vai a júri na manhã desta segunda-feira por um duplo homicídio qualificado, ocorrido em 13 de fevereiro de 2017 no bairro Passo das Pedras, em Porto Alegre. A sessão está marcada para ter início às 9h30min, no Fórum Central da Capital, que terá reforço na segurança interna e externa. O réu é apontado como um dos líderes de uma facção com origem no bairro Bom Jesus, na zona Leste, mas que também criou ramificações na zona Norte.

De acordo com o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), Minhoca seria o mandante da morte do casal David Ronzani Rodrigues e Heloísa Serpa Bueno. A denúncia destaca que David era o alvo do homicídio, mas sua companheira também foi morta pois seria testemunha do crime. Na ocasião, eles estavam em casa quando foram raptados. O casal foi imobilizado e levado para um matagal, onde foi morto com diversos tiros. 

Ainda conforme a acusação, as duas vítimas foram executadas devido a um desentendimento envolvendo roubo de carros e outros delitos praticados pela organização criminosa. Um criminoso, já falecido, e outros integrantes da facção cometeram os assassinatos conforme ordens do réu, que também teria prestado auxílio aos comparsas e participado do planejamento das execuções.

A acusação será feita pelos promotores de Justiça Luiz Eduardo de Oliveira Azevedo, que atua na 2ª Vara do Júri da Capital, e Fernando Andrade, designado pelo Núcleo de Apoio ao Júri (NAJ) e que atua junto às Promotorias do Júri de Porto Alegre. Segundo eles, o crime teve motivação torpe, justamente a questão de negócios ligados a roubos, e mediante recurso que impossibilitou a defesa das vítimas. 

A defesa do réu, feita pelo advogado Jean Severo, afirma que ele é inocente de todas as acusações. O advogado também sustenta que não há provas contra Minhoca, uma vez que a acusação foi produzida a delação premiada de um comparsa. 


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