Líder de milícia carioca é preso pela Polícia Federal em hotel de luxo em Gramado

Líder de milícia carioca é preso pela Polícia Federal em hotel de luxo em Gramado

Vulgo GG foi um dos alvos da operação da PF em conjunto com o Ministério Público do RJ contra a organização criminosa comandada por Zinho

Correio do Povo

Ordens judiciais foram cumpridas em sua maioria na Zona Oeste do Rio

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Um dos líderes de uma milícia com atuação na Zona Oeste do Rio de Janeiro foi preso pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira em Gramado, na Serra. Hospedado em um hotel de luxo na cidade serrana gaúcha, ele era um dos alvos da operação Dinastia, deflagrada pela PF em conjunto com o Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do RJ. Trata-se de Geovane da Silva Mota, vulgo GG, integrante do primeiro escalão da organização criminosa.

Cerca de 120 agentes cumpriram 23 mandados de prisão temporária e outros 16 mandados de busca e apreensão, em sua maioria na região da Zona Oeste do Rio. As ordens judiciais tiveram como objetivo a prisão das lideranças da milícia comandada por Luis Antônio da Silva Braga, conhecido como Zinho. A ação visa desarticular a organização criminosa formada por milicianos e conhecida como "Bonde do Zinho". Oito detenções foram efetuadas.

Durante as investigações, a PF e o MPRJ constataram “intensa articulação e planejamento minucioso para prática de homicídios de inúmeros membros de milícia rival, entre outras vítimas”. O trabalho investigativo revelou “um esquema de extorsão, posse e porte de armas de fogo de uso permitido e de uso restrito, comércio ilegal de armas de fogo, corrupção ativa de agentes das forças de segurança, além de diversos homicídios, que são incessantemente planejados e executados pelos milicianos em face de criminosos rivais”.

“Os elementos de prova arrecadados até o momento evidenciam uma matança generalizada que é fomentada pela organização, que tem como pilar para o seu funcionamento e manutenção a destruição dos integrantes da milícia rival e de quaisquer pessoas que possam auxiliar os seus inimigos, ou prejudicar o andamento de suas atividades criminosas. A investigação ainda revelou que há criminosos destacados exclusivamente para fazer, de forma incessante, o levantamento de dados pessoais e a vigilância dos alvos que devem ser abatidos”, informaram.

“A quadrilha também pratica extorsões de forma reiterada, cobrando pelo pagamento de “taxas” de comerciantes e prestadores de serviço que ousam empreender nas áreas que são por ele subjugadas, independentemente da capacidade financeira dos empreendedores. Até as informais barraquinhas de rua, que vendem lanches, são achacadas pelos criminosos”, acrescentaram as instituições.

Os suspeitos são investigados por organização criminosa, tráfico de armas de fogo e munições, além de extorsão e corrupção.


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