Localizado carro de agricultor feito refém após ataque a banco

Localizado carro de agricultor feito refém após ataque a banco

Caminhonete foi encontrada no interior de Arroio dos Ratos, na região Metropolitana

Correio do Povo e Rádio Guaíba

Agência foi atacada na madrugada desta quinta

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A Brigada Militar (BM) localizou na manhã desta sexta-feira a caminhonete do agricultor feito refém após assalto a banco com explosivos em Tapes, Sul do Estado, nessa quinta-feira. O veículo teria sido abandonado em uma estrada de chão, próximo a uma mata de eucaliptos no interior de Arroio dos Ratos, região Metropolitana. O titular da Delegacia de Repressão a Roubos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), Juliano Ferreira, responsável pela investigação, foi até o local. 

O Banco do Brasil (BB) de Tapes foi alvo de um novo ataque com explosivos no início da madrugada dessa quinta-feira. Uma quadrilha fortemente armada, com fuzis e espingardas, chegou em um Ford Focus e foi até a agência bancária, localizada na esquina das avenidas Getúlio Vargas e Assis Brasil, na área central da cidade.

Cinco criminosos, com roupas pretas e camufladas, de toucas ninjas e luvas, colocaram os explosivos nos caixas eletrônicos. Antes de explodir os terminais, os bandidos foram surpreendidos com o aparecimento dos policiais militares (PMs) Flores e Daniel, do 30º Batalhão de Polícia Militar (BPM), que haviam sido alertados por um morador. Houve um confronto com os brigadianos, armados de pistola calibre 40, que se refugiaram em uma praça, em frente à agência bancária. "Tivemos de deitar no chão, pois foram centenas de tiros de fuzil contra nós", relatou o PM Flores. Em seguida, os assaltantes efetuaram duas explosões que destruíram o interior da agência bancária, que havia sido atacada em 2 de dezembro de 2011, provavelmente pelo mesmo grupo. O dinheiro ficou espalhado entre os destroços.

No momento da fuga, um segundo tiroteio ocorreu quando outros cinco policiais militares, que estavam de folga, apareceram em apoio aos colegas. Moradores que estavam próximo ao local tiveram de se proteger e um deles acabou ferido sem gravidade por um tiro. No embate, um major do 30º BPM conseguiu furar o pneu do Ford Focus, obrigando a quadrilha a roubar um Ford Fiesta de um motorista que passava pela área. Marcas de disparos ficaram em vários prédios e uma viatura da Brigada Militar Fiat Uno foi atingida.

Os bandidos conseguiram escapar pela estrada das Capivaras, onde não foram localizados durante a madrugada nas buscas montadas pelo efetivo reforçado da Brigada Militar que foi enviado a Tapes. A quadrilha planejava deixar a região com o Ford Fiesta, mas um pneu furado fez com que eles se escondessem no sítio de um criminoso que residia perto da estrada das Capivaras. O veículo ficou abandonado no local. Os cinco criminosos prosseguiram a fuga a pé. Eles atravessaram lavouras de arroz e chegaram até a propriedade rural de um arrozeiro, que foi mantido refém e teve de retirá-los da área em sua caminhonete.

Após assalto, arrozeiro é feito refém

O arrozeiro, 44 anos, que foi feito refém na fuga da quadrilha, recebeu um abraço emocionado do filho ao chegar na manhã de ontem à DP de Tapes. A vítima foi libertada em uma estrada de chão, próxima à BR 290, entre Arroio dos Ratos e Morrinhos. Ele pediu ajuda ao motorista de uma Kombi e foi levado até um posto de combustíveis, de onde ligou para a família.

Em depoimento, o produtor descreveu os cinco criminosos, que invadiram sua propriedade, por volta das 4h40min, quando dormia. Na residência estava a esposa e uma filha pequena. Os assaltantes chegaram pela estrada das Capivaras e permaneceram pouco tempo na residência da vítima. "Eles bateram na porta, dizendo que eram da Polícia, e meteram o pé na porta. Queriam dinheiro, pegaram a caminhonete, uma Volkswagen Amarok, e me levaram como refém", recordou, acrescentando que os assaltantes o agrediram.

Durante a fuga, o produtor teve de orientar os bandidos desde a saída de sua fazenda, em Capão Alto, indicando o caminho até a ERS 717 e depois à BR 116. "Eles diziam que o bagulho era grande e a caminhonete não era nada para eles", lembrou. O veículo não havia sido encontrado.

Com informações dos repórteres Álvaro Grohnamm e Thaís Salvagni

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