Mãe de Bernardo registrou ocorrência por ameaça cinco dias antes de morrer

Mãe de Bernardo registrou ocorrência por ameaça cinco dias antes de morrer

Documento foi encontrado com ajuda de investigação particular

Ananda Müller / Rádio Guaíba

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O caso do assassinato do menino Bernardo, morto em Frederico Westphalen em abril do ano passado, ganhou mais um capítulo. Após a defesa da avó materna do menino conseguir a reabertura do inquérito referente à morte da mãe do menino – que supostamente cometeu suicídio em 2010 -, um novo documento vem reforçar a teoria de que Odilaine Uglione possa ter sido assassinada. Um boletim de ocorrência registrado cinco dias antes do falecimento de Odilaine, e que não foi anexado ao inquérito do caso à época do crime, foi descoberto por uma investigação particular encomendada pela família da avó materna de Bernardo. Nele, a mãe de Bernardo revela ter sido sido ameaçada de morte por outra mulher e pelo filho dela.

De acordo com o advogado Marlon Taborda, o documento já foi encaminhado à Polícia Civil para análise. O defensor questiona o porquê de o boletim de ocorrência não ter sido incluído junto às provas recolhidas quando da morte de Odilaine. A investigação foi encerrada e concluiu que ela cometeu suicídio dentro do consultório do então marido – o médico Leandro Boldrini, um dos quatro acusados da morte de Bernardo.

As investigações particulares encomendadas pela família materna de Bernardo já identificaram retiradas expressivas de dinheiro da conta conjunta do casal dois dias antes da morte de Odilaine e também concluíram que a carta de despedida deixada pela jovem na verdade fora escrita pela secretária de Leandro Boldrini. Essa hipótese foi aventada pela análise da caligrafia de ambas as mulheres. O grande número de suspeitas sobre a investigação fizeram o Tribunal de Justiça autorizar a reabertura do inquérito. O delegado responsável pelo caso foi procurado pela reportagem da Rádio Guaíba, mas não atendeu às ligações.

Bernardo Uglione Boldrini, filho de Odilaine e Leandro, foi morto em 4 de abril de 2013 em Frederico Westphalen, após ser levado pela madrasta Graciele Ugulini de Três Passos com o pretexto de comprar uma televisão na cidade vizinha. A madrasta, com o auxílio dos irmãos Edelvânia e Evandro Wirganovikz matou o menino e escondeu o corpo em uma cova rasa em uma área de matagal. O cadáver foi encontrado dez dias depois, culminando na prisão imediata dos quatro suspeitos.

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