Mãe de Eliza pede para que Bruno "quebre o silêncio"
Sonia de Fátima Moura está arrolada no inquérito policial como testemunha do goleiro
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Sonia está inconformada com o fato de estar arrolada no inquérito policial como testemunha de Bruno, um dos principais acusados pelo desaparecimento - e já considerada morte - de Eliza. "Eu acho um absurdo eu ser testemunha de defesa dele. Como eu, que sou mãe posso ser testemunha de alguém que é o principal suspeito de matar minha filha?" Ela foi arrolada a pedido da defesa de Bruno.
A advogada dela, Maria Lucia Borges Gomes, acredita ser uma estratégia dos advogados do ex-goleiro. Afirmou que também considerou "um absurdo impor mais esse sofrimento a Sonia". Perante o juiz, Sonia repetiu o que disse em Belo Horizonte, insistindo que não tem nada para falar a não ser "viver seu luto". Sonia mora em uma chácara com o garoto Bruno, que considera neto e que obteve a guarda da Justiça.
Mais depoimentos
A Justiça de Minas Gerais irá ouvir amanhã em Ribeirão das Neves 21 testemunhas no caso Bruno - duas de acusação, 16 de defesa e três de acusação e defesa. A sessão deve começar às 10h e se estender até o começo da tarde. Todas serão ouvidas pelo juiz da comarca de Ribeirão das Neves. Outros depoimentos, em diferentes cidades de Minas - Sabará, Vespasiano, Pitangui e Belo Horizonte - acontecerão antes do julgamento. As testemunhas têm que ser ouvidas em seus municípios de residência.
Bruno responde pelos crimes de sequestro e lesão corporal de Elisa Samudio, que o acusou de sequestro e tentativa de indução ao aborto. A ex-modelo, que queria que o goleiro reconhecesse a paternidade de seu filho, está desaparecida desde 10 de junho, quando teria sido morta. Ele está preso Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte.