Mães de vítimas do massacre no RJ pretendem processar município

Mães de vítimas do massacre no RJ pretendem processar município

Parentes de vítimas da chacina argumentam que não querem que o caso caia no esquecimento

AE

publicidade

Algumas mães de crianças vítimas do massacre na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste do Rio de Janeiro, pretendem processar o Município. A decisão foi anunciada nesta quinta-feira pela dona-de-casa Noeli da Silva Rocha, de 38 anos, mãe de Marianna, que morreu na chacina.

Muito abalada, ela culpa a direção do colégio por ter permitido a entrada do atirador Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, ex-aluno da escola. "Há um mês eu vim pegar um lanche para o meu filho. Tive que passar o sanduíche pela grade, pois não me deixaram entrar. Como deixam um bandido subir até a sala de aula?", questionou Noeli. Ela afirma que já consultou um advogado junto com outras duas mães para ingressar com uma ação indenizatória.

"Não é pelo dinheiro, mas daqui a pouco esse caso vai cair no esquecimento e ninguém vai pagar por isso. Por mim, essa escola poderia ser colocada abaixo hoje", disse a mãe indignada. A prefeitura do Rio se recusou a fazer um pronunciamento, até que seja iniciado um procedimento jurídico.

A Procuradoria do Município, no entanto, divulgou comunicado afirmando que está em conversas "para encontrar uma forma de ajudar e apoiar, financeiramente, as famílias das vítimas da tragédia na Tasso da Silveira".

Bookmark and Share

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895