Médico gaúcho assassinado em MS morreu por cobrar dívida de grupo de estelionato, diz polícia

Médico gaúcho assassinado em MS morreu por cobrar dívida de grupo de estelionato, diz polícia

Gabriel Paschoal Rossi morava e trabalhava no Mato Grosso do Sul, onde foi assassinado

Kyane Sutelo

Corpo do médico gaúcho foi encontrado em uma residência pela polícia do MS.

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A Polícia Civil de Dourados, Mato Grosso do Sul, realizou prisões e divulgou que a provável causa da morte do médico gaúcho Gabriel Paschoal Rossi, envolve uma cobrança de dívida. O corpo da vítima, de 29 anos, que vivia no MS, foi encontrado em 3 de agosto, com as mãos e os pés amarrados, em uma residência de locação temporária.

De acordo com a investigação, o homicídio seria em resposta à cobrança que o gaúcho fez de uma dívida de R$ 500 mil. A devedora seria integrante de um grupo de estelionato que o médico estaria auxiliando. Ela teria contratado pessoas por R$ 150 mil, para matar a vítima.

“O Gabriel estava cobrando ela e, nesse cobrar, ele ameaçou falar das coisas que ele sabia e ela contratou esses três caras, que não integravam o grupo dos estelionatários, para matar o Gabriel”, detalhou  o delegado Erasmo Cubas, do Serviço de Investigações Gerais (SIG) da Polícia Civil do MS.

Tanto a mulher considerada mandante do crime, quanto os três homens apontados como executores, foram presos no interior de Minas Gerais, na segunda-feira.

A investigação

Conforme o delegado, a polícia chegou até os presos após testemunhas apontarem a ligação de Gabriel com uma mulher com o mesmo nome da suspeita, que foi localizada e presa. Nos depoimentos, também foram mencionados comentários da vítima sobre cartões fraudados que utilizaria.

A participação exata do médico no grupo ainda não foi elucidada pela polícia. “Tudo indica que ele passava fotos dele mesmo para que fosse feito um documento de outra pessoa, em nome dele”, afirmou o delegado.

A polícia detalha que desvendou o crime após seguir os passos da mulher, identificando que ela havia estado em Dourados dias antes do assassinato e o local de hospedagem. Também teriam encontrado uma nota em nome dela na residência, além de obterem a identificação dos envolvidos por um motorista de aplicativo e pelo locatário.

“Eles vão embora no dia do crime da cidade Dourados, poucas horas após o crime, que foi no dia 27, e embarcam no voo. A gente conseguiu identificar com um aplicativo do celular do Gabriel, que ele estava sendo utilizado na cidade de Pará de Minas”, relatou o delegado. 

Relembre o caso

O jovem estava desaparecido desde os últimos dias de julho, quando deixou o plantão no Hospital Cassems Campo Grande. A família, que mora em Santa Cruz do Sul, havia registrado o desaparecimento do médico. 

A Polícia Militar foi acionada em 3 de agosto, por uma ligação de uma vizinha da casa onde estava o corpo do médico. Ao ingressarem na residência, os policiais encontraram o homem em uma cama com pés e mãos amarradas e com sinais de estrangulamento.


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