Módulos de vivência são construídos na nova Cadeia Pública de Porto Alegre (CPPA)

Módulos de vivência são construídos na nova Cadeia Pública de Porto Alegre (CPPA)

Futuro estabelecimento prisional terá nove unidades com 240 celas, totalizando 1.884 vagas

Correio do Povo

Obras devem ser concluídas até o final deste ano e início de 2024

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Novos módulos de vivência da segunda etapa da obra de readequação da Cadeia Pública de Porto Alegre (CPPA) começam a ser construídos no terreno onde ficava o antigo Pavilhão F, demolido no final de maio deste ano. O estabelecimento prisional terá nove módulos com 240 celas, totalizando 1.884 vagas. Três unidades de vivência, totalizando 564 vagas, já se encontram prontas. O que ainda existe do Presídio Central são os pavilhões A, que está vazio, e B, que permanece com 800 detentos.

“Hoje aqui em uma visita à nova Cadeia Pública de Porto Alegre, nós estamos percebendo 50% das obras totalmente concluídas. Há expectativa de que possamos até o final deste ano e início de 2024 estarmos com a CPPA pronta para ser ocupada”, afirmou o titular da Secretaria de Sistemas Penal e Socioeducativo (SSPS), Luiz Henrique Viana. “Vemos a movimentação das obras com alguns módulos sendo colocados. Cada cela é importante: são 18 toneladas de peso de cada uma. É uma grande modificação de um sistema totalmente precário para um sistema moderno, que vai garantir uma condição melhor de tratamento penal para as pessoas privadas de liberdade e, ao mesmo tempo, segurança e dignidade para os profissionais penitenciários e segurança para a população”, observou.

Uma movimentação de apenados foi necessária para as obras de readequação da nova CPPA. A primeira etapa de transferências ocorreu em junho do ano passado, sendo deslocados 1.013 presos para outras unidades prisionais. Já em maio deste ano, mais 520 presos foram transferidos especificamente para a Penitenciária Estadual de Sapucaia do Sul, Penitenciária Estadual do Jacuí, em Charqueadas, e Complexo Penitenciário de Canoas.

A futura CPPA contará também com locais para atividades do cotidiano das pessoas presas, como pátio de sol e coberto, visita e atendimento jurídico. Haverá 1.866 vagas coletivas, em celas com capacidade de seis a oito pessoas, e outras 18 vagas para pessoas com deficiência.

O estabelecimento penal terá duas torres de controle e de serviços como reservatórios, casa de bombas e central de gás de cozinha, bem como gerador de água quente, de energia e subestação. O setor interno terá área construída de 14.841,41 metros quadrados.

A nova estrutura conta um diferencial no material utilizado na confecção das celas. Trata-se do concreto de alto desempenho com incorporação de fibras de polipropileno, que apresenta maior durabilidade, resistência ao impacto e conforto térmico, além de garantir a integridade da estrutura mesmo em casos de tentativas de depredação por parte dos apenados.


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