Maior apreensão de ecstasy da Polícia Civil é feita pelo Denarc em Porto Alegre

Maior apreensão de ecstasy da Polícia Civil é feita pelo Denarc em Porto Alegre

Laboratório de produção da droga sintética foi encontrado em pensão no bairro Sarandi

Correio do Povo

Prejuízo de facção com perda do entorpecente e insumos é e R$ 2 milhões

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A maior apreensão de ecstasy da história da Polícia Civil foi realizada pelo Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc) em Porto Alegre. Mais de 17,2 mil comprimidos de droga sintética foram apreendidos pela equipe do delegado Gabriel Borges no bairro Sarandi. A ação ocorreu na noite dessa quinta-feira em uma pensão que escondia o laboratório de produção do entorpecente. O prejuízo estimado de todo o material foi estimado em aproximadamente R$ 2 milhões.

No imóvel, os agentes recolheram ainda cerca de 3,3 mil cápsulas para colocação de MDMA, em torno de meio quilo de magnésio, 40 ampolas contendo ketamina, 25 porções de MDMA, quatro tubos de gás volcano, corantes para coloração das drogas, ponteiras de aço para molde dos comprimidos, liquidificador, tubos com diversos compostos químicos, luvas, óculos, aventais e máscaras.

O delegado Gabriel Borges observou que cada comprimido de ecstasy costuma ser vendido entre R$ 50 e R$ 100. Ele explicou que a droga sintética costumava ser trazida pronta sobretudo de Santa Catarina, mas com o tempo começou a ser produzida no Rio Grande do Sul. “É para reduzir os custos, não ter intermediador e monopolizar o negócio”, esclareceu. Já o diretor de investigações do Denarc, delegado Alencar Carraro, acrescentou que a rentabilidade é maior com a fabricação local, sendo obtido os insumos com um custo menor. “É muito mais barato”, sintetizou.

A investigação de dois meses apontou que uma facção criminosa está envolvida. Várias prisões de entregadores foram realizadas nas últimas semanas, sendo verificado “um aumento significativo da circulação de drogas sintéticas na Região Metropolitana de Porto Alegre, não se limitando a vendas em eventos e festas”. Com a detenção de um mais um entregador de droga sintética em uma motocicleta, os policiais civis conseguiram descobrir a origem dela na zona Norte da Capital.

O delegado Gabriel Borges ressaltou que o papel principal do Denarc foi cumprido, com “a retirada de grandes quantidades de entorpecentes das mãos do crime organizado por meio de investigações qualificadas”. Já o delegado Alencar Carraro complementou que o Denarc “está comprometido na realização de grandes apreensões de drogas, armas e dinheiro, visando à redução de poder das organizações criminosas, realizando investigações altamente qualificadas e técnicas”. O diretor geral do Denarc, delegado Carlos Wendt, lembrou que o órgão policial tem “focado na apreensão de drogas sintéticas, resultando na retirada de dezenas de milhares de comprimidos de ecstasy das ruas nos últimos anos”.

Por sua vez, o Chefe da Polícia Civil, delegado Fernando Sodré, destacou que está muito orgulhoso do Denarc, dentro de “uma sequência de trabalhos de excelência com investigação criminal qualificada, com diversas apreensões de drogas, a maior apreensão de ecstasy da história da Polícia Civil do Rio Grande do Sul”. 

Fotos: PC / Divulgação / CP


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