Mais de um ano após duplo homicídio em Tapes, Polícia Civil prende quatro suspeitos

Mais de um ano após duplo homicídio em Tapes, Polícia Civil prende quatro suspeitos

Vítimas foram alvejadas dentro de imóvel no dia 6 de março do ano passado

Marcel Horowitz

Operação Sicários foi deflagrada no combate a homicídios em Tapes

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Quatro suspeitos foram detidos, nesta terça-feira, após mais de um ano do ataque a tiros que matou dois homens e feriu uma mulher, em Tapes, no Sul do estado. As prisões foram efetuadas no âmbito da Operação Sicários. Um dos presos seria mandante do crime, outro teria atuado como motorista e os últimos dois, como atiradores.

A ação contou com apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil, além de agentes da 29ª DP Regional do Interior e da 5ª Delegacia Homicídios de Porto Alegre.

O crime ocorreu no dia 6 de março do ano passado. Na ocasião, as vítimas foram alvejadas quando estavam no interior de um imóvel, no Loteamento Tejada. Foram encontradas porções de maconha e uma arma de fogo no local, que funcionava como ponto de tráfico, segundo a investigação.

De acordo com o delegado Edson Ramalho, os atiradores estavam fardados e utilizavam capacetes. Eles teriam invadido a residência das vítimas e se identificado como policiais militares. O grupo tripulava um veículo, que partiu de Porto Alegre e também serviu para fuga.

Ainda segundo o delegado, as vítimas tinham antecedentes criminais e pertenciam a uma facção com origem no bairro Bom Jesus, na zona Leste de Porto Alegre. Os suspeitos teriam elo com um grupo rival, que atua no Vale do Sinos.

"O crime ocorreu por causa de disputas por pontos de tráfico. À época, Tapes vivia uma fase de conflitos entre facções, que já foi encerrada”, destacou Edson Ramalho.

O mandante do crime seria um traficante conhecido como ‘Novinho’. Dois dias após o ataque a tiros, ele foi transferido para prisão domiciliar, mesmo com condenações que ultrapassam 29 anos de reclusão por roubo e homicídio. Na época, a medida foi justificada por ‘falta de vagas no sistema semiaberto’.


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