Mais dois envolvidos na venda vip de drogas em redes sociais são presos em Porto Alegre

Mais dois envolvidos na venda vip de drogas em redes sociais são presos em Porto Alegre

Esquema com perfis falsos envolvia comercialização de entorpecentes sintéticos, cocaína e maconha

Correio do Povo

Houve ainda a apreensão de cerca de R$ 91 mil em dinheiro, entre outros materiais

publicidade

O Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc) da Polícia Civil anunciou nesta quarta-feira a prisão de mais dois envolvidos na venda vip de drogas sintéticas, cocaína e maconha nas redes sociais mantidas por indivíduos pertencentes às classes média e alta de Porto Alegre. Houve ainda a apreensão de cerca de R$ 91 mil em dinheiro.

Entre a tarde e a noite dessa terça-feira, a equipe do delegado Guilherme Dill realizou a segunda fase da operação Ins Drugs, que havia sido deflagrada pela manhã. Os dois suspeitos detidos tentaram subornar os agentes com pagamento de valores, sendo acusados por tráfico de drogas e agora também de corrupção ativa.

De acordo com o delegado Guilherme Dill, os dois indivíduos desempenhavam a função de recolhimento de valores do tráfico de drogas e também efetuavam entregas de maconha do tipo camarão, de maior qualidade.



A equipe policial acompanhou a dupla dentro de um shopping da Capital e após a saída, quando chegaram na residência de um deles, visualizaram a movimentação e troca de altas quantias de dinheiro e de potes de maconha na modalidade camarão. Nas buscas na casa, os R$ 91 mil em dinheiro, guardados dentro de sacolas plásticas, foram localizados escondidos dentro das escadas. O delegado Guilherme Dill observou que a investigação continuará para identificar o indivíduo comprador de entorpecentes. Armas também eram comercializadas.

Insta Drugs 

Na primeira etapa da operação Insta Drugs, os agentes do Denarc cumpriram 12 ordens judiciais, sendo oito ordens judiciais de busca e apreensão e quatro de prisão temporária na Capital e Viamão. Três dos suspeitos foram presos na ocasião. Os agentes apreenderam 100 gramas de maconha do tipo camarão, cinco gramas de MDMA, 30 gramas de óleo de maconha, diversos adesivos de anúncio de venda, em torno de R$ 2,1 mil em dinheiro e uma pistola calibre com 15 munições e três carregadores.

A investigação começou em janeiro deste ano no meio cibernético. O grupo criminoso utilizava contas com perfis falsos nas redes sociais para o tráfico de drogas e escapar da ação policial. “Estima-se que a comercialização de entorpecentes seja diária, de modo que os indivíduos anunciam as mercadorias nos stories da rede social e, ao receber encomendas via mensagem privada, terceirizam a função de entrega dos entorpecentes”, explicou o delegado Guilherme Dill.

“Trata-se da primeira fase de investigação policial. A investigação está em estágio avançado, de modo que as prisões são necessárias para a conclusão do inquérito policial e demonstração de vínculos entre os indivíduos”, afirmou. “A investigação qualificada e o trabalho policial dedicado tem demonstrado que é possível chegar aos altos escalões da hierarquia criminosa”, acrescentou.

Já o diretor de investigações do Denarc, delegado Alencar Carraro, destacou que a operação “foi uma atuação cirúrgica no combate à criminalidade na Região Metropolitana, e que revelou a efetividade do trabalho investigativo de qualidade”. Para ele, “chama atenção a criatividade do crime, que organizou um moderno esquema de tráfico de drogas pelas redes sociais”. 


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895