Mala encontrada em endereço de João de Deus tinha R$ 1,2 milhão

Mala encontrada em endereço de João de Deus tinha R$ 1,2 milhão

Montante foi apreendido na sexta-feira pela Polícia Civil de Goiás

R7

Médium é acusado de cometer abusos sexuais enquanto realizava atendimentos espirituais

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A mala encontrada em um endereço ligado ao médium João de Deus tinha R$ 1.212.110, segundo a contagem da Polícia Civil de Goiás. O montante foi apreendido na sexta-feira. Também foram apreendidas pedras preciosas. O médium é acusado de cometer abusos sexuais enquanto realizava atendimentos espirituais.

Na última quarta-feira, em outra busca, a Polícia Civil encontrou aproximadamente R$ 405 mil em dinheiro vivo. Além disso foram encontradas cinco armas, uma delas com a numeração raspada.

De acordo com o delegado-geral, André Fernandes, as pedras encontradas nesta sexta — que foram identificadas como esmeraldas — passarão por perícia. A polícia encontrou ainda um cofre em um fundo falso na casa do médium.

Nas buscas, estavam presentes a promotoria, a vigilância sanitária e a Polícia Técnica Científica para complementar o inquérito que acusa João de Deus de abuso sexual.

João de Deus está preso desde o último domingo após se entregar às autoridades. O R7 tenta contato com a defesa do médium.

Leia mais sobre o caso

João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus, está sendo acusado por diversas mulheres de abuso sexual durante os atendimentos espirituais na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia, interior de Goiás.

Após as primeiras denúncias, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) criou uma força-tarefa, que conta com quatro promotores, seis delegados e duas psicólogas para atenderem o caso. Na noite de quarta, a Promotoria de Justiça de Goiás solicitou a prisão preventiva do médium, cinco dias depois de as primeiras denúncias de abusos sexuais começarem a aparecer.

Em sua primeira aparição pública após as denúncias, na manhã de quarta-feira, João de Deus ficou cerca de dez minutos na Casa Dom Inácio de Loyola. O médium se disse inocente e declarou que estava à disposição da Justiça.

Na tarde de domingo, João de Deus se entregou às autoridades. Até a tarde de segunda-feira, a força-tarefa do MP-GO tinha recebido um total de 506 mensagens sobre a investigação contra o médium.

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