Megaoperação combate homicídios e tráfico de drogas em todo o RS

Megaoperação combate homicídios e tráfico de drogas em todo o RS

Mais de 190 prisões já foram efetuadas, sendo mobilizados 1,7 mil policiais civis e 700 policiais militares

Correio do Povo

Houve o cumprimento de 310 ordens judiciais nas áreas com maiores índices criminais

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A Polícia Civil já efetuou mais de 190 prisões, das quais 120 por mandado judiciais e 70 por flagrantes na megaoperação contra homicídios e tráfico de drogas que acontece em todo o Rio Grande do Sul. Iniciada nessa quinta-feira com participação da Brigada Militar, a mobilização será encerrada no final desta sexta-feira nas regiões com maiores indicadores de criminalidade, sobretudo onde ocorrem conflitos entre facções criminosas.

Houve o cumprimento de 310 ordens judiciais, sendo 290 mandados de busca e apreensão e outros 120 mandados de prisão. Cerca de R$ 250 mil em dinheiro, 43 quilos de maconha, sete quilos de cocaína e 34 armas de fogo foram recolhidos. Mais de 1,7 mil policiais civis e 700 policiais militares estão atuando.

Entre as ações destacam-se a ofensiva realizada em Rio Grande e contra a facção que montava barricadas em Viamão. Todos os departamentos da Polícia Civil estão envolvidos, em especial o Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Departamento de Polícia Metropolitana (DPM), Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc), Departamento de Polícia do Interior (DPI), Departamento Estadual de Proteção a Grupos Vulneráveis (DPGV) e Gabinete de Inteligência e Assuntos Estratégicos (GIE).

O secretário estadual da Segurança Pública, Vanius Cesar Santarosa, destacou a queda dos indicadores de criminalidade nos últimos anos, como é o caso dos homicídios. “Há um recuo quando comparamos com 2018, quando tivemos quase 3,4 mil pessoas que perderam suas vidas de forma violenta”, observou, lembrando que 2021 terminou com 2.038 mortos. “Este ano, a expectativa é a de que fique abaixo de 2 mil”, disse, atribuindo a redução dos assassinatos ao programa RS Seguro.

“Temos conhecimento de que algumas ordens para ocorrer as execuções nas ruas partem de dentro do sistema prisional. A Secretaria de Justiça e Sistemas Penal e Socioeducativo já está implantando os bloqueadores de celulares, que vão chegar até 15 presídios”, informou Vanius Cesar Santarosa.

Ele adiantou que existe um estudo sobre alguns nomes de criminosos que estão envolvidos nos homicídios e que poderão futuramente serem transferidos para o sistema penitenciário federal, como já aconteceu nas quatro edições anteriores da Operação Império da Lei. O secretário estadual da Segurança Pública relembrou inclusive que um Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), como existe nas casas prisionais federais, também está sendo implantado na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc).

“Não se pode falar em repressão qualificada aos homicídios sem também que exista uma repressão ao tráfico. Este foi o objetivo da operação para cumprir os mandados de prisão em aberto. O objetivo é prender homicidas e traficantes”, frisou por sua vez o Chefe de Polícia Civil, delegado Fábio Lopes. “Temos prisões importantes”, enfatizou.

Já o comandante-geral da Brigada Militar, coronel Cláudio dos Santos Feoli, ressaltou o apoio à Polícia Civil. Ele explicou que, além dos 700 policiais militares que atuam diretamente na execução das ordens judiciais, outros 3 mil estão mobilizados no “eixo da prevenção” das áreas que apresentam maiores índices de criminalidade. “Vamos colher os resultados com a redução dos índices criminais”, afirmou. 


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