Merendeira de escola confessa ter colocado veneno na comida

Merendeira de escola confessa ter colocado veneno na comida

Funcionária alegou problemas psicológicos para intoxicar 39 pessoas ontem, em Porto Alegre

Otto Herok Netto / Rádio Guaíba

Merendeira de escola confessa ter colocado veneno na comida

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Uma merendeira da Escola de Ensino Fundamental Pacheco Prates, em Porto Alegre, confessou, nesta sexta-feira, ter colocado veneno de rato na refeição servida ao meio dia de ontem. Segundo o delegado Cleber Lima, da 1ª Delegacia de Homicídios e Desaparecidos, ela disse não ter motivos para o crime e alegou problemas psicológicos. A funcionária foi contratada há três semanas, em caráter emergencial, e foi uma das 39 pessoas hospitalizadas após comer a refeição.

Segundo o delegado, a merendeira confessou que despejou dois sacos pequenos do produto no estrogonofe enquanto preparava a comida. Ela já teve a prisão preventiva decretada e deve ser indiciada por tentativa de homicídio qualificada.

O último aluno internado por intoxicação recebeu alta pela tarde do Centro de Saúde Lomba do Pinheiro, na zona Leste. Parte dos pacientes intoxicados realiza hoje novos exames preventivos no centro da Lomba do Pinheiro e outros no centro Bom Jesus, no domingo.

A Secretaria de Educação de Porto Alegre não informou o resultado dos exames. A pasta define na próxima segunda-feira a data do retorno das aulas. Segundo a diretora da instituição, a tendência é que pais e alunos sejam preparados psicologicamente para voltar às aulas. Ela confirmou que a escola não tem câmeras de segurança.

Envenenamento de comida


Alunos, funcionários e professores da Escola de Ensino Fundamental Pacheco Prates foram levados para pronto atendimentos da região ontem, depois que uma professora desconfiou de grânulos de cor rosa na comida do almoço, um estrogonofe. Algumas pessoas reclamaram de mal-estar e dores de cabeça e barriga.

A titular da Delegacia de Polícia Volante, delegada Clarissa Demartini, informou que foram encontrados pequenos sacos contendo um aparente veneno de rato e uma tesoura na cozinha da instituição. Hoje, a delegada confirmou que a substância é o raticida Nitrosin.

Segundo o setor de pediatria do Pronto Atendimento da Lomba do Pinheiro, o produto pode alterar a coagulação do sangue, gerando sangramentos de diversos níveis de gravidade.

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