Militares ameaçam abandonar Operação Golfinho

Militares ameaçam abandonar Operação Golfinho

Participantes do curso exigem ambulância nos locais de treinamento e reajuste nas diárias

Samuel Vettori / Rádio Guaíba

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Militares que participam de treinamentos para a Operação Golfinho ameaçam abandonar o curso de salva-vidas se o valor das diárias que recebem não for revisto. Os participantes também exigem que o Estado disponibilize profissionais de saúde e uma ambulância para os alunos.

De acordo com o presidente da Associação dos Sargentos, Subtenentes e Tenentes da Brigada Militar (BM), Aparício Santellano, os R$ 57 liberados pelo governo gaúcho são insuficientes para a atividade. Ele acrescentou que os militares estão revoltados com a morte de um colega, na segunda-feira, durante treinamento. De acordo com a associação, não havia médico nem ambulância à disposição dos policiais para reanimar a vítima.

Santellano contou que um grupo com pelo menos cem militares cogita pedir o desligamento da operação e retornar para as cidades de origem. Segundo ele, o fato de o trabalho de salva-vidas não ser uma atividade fim dos brigadianos autoriza o abandono voluntário.

Com o valor recebido por dia, os alunos precisam pagar refeições e hospedagem. “Eles têm que comprar até cobertor porque a Brigada não disponibiliza”, protestou Santellano. A categoria reivindica diárias de R$ 100. Santellano disse que no dia 14 a associação protocolou documento no Piratini reivindicando reajuste, mas que até esta tarde não houve resposta.

Morte


O soldado Rafael Souza, de 25 anos, nadava em uma lagoa quando passou mal. Ele foi levado ao hospital da Ulbra de Tramandaí no carro de um morador da região. A BM vai instaurar um inquérito para apurar o ocorrido. Cerca de mil policiais militares são treinados para atuar na Operação Golfinho, que abre oficialmente em 17 de dezembro.

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