"Mistura de México com Colômbia", diz Cláudio Castro após ataques a ônibus no Rio de Janeiro

"Mistura de México com Colômbia", diz Cláudio Castro após ataques a ônibus no Rio de Janeiro

Governador afirmou que, dos 12 detidos, seis permaneceram presos e serão indiciados por terrorismo

Correio do Povo

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O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, concedeu uma entrevista coletiva, na manhã desta terça-feira (24), depois dos ataques a mais de 30 ônibus na zona oeste da cidade. Ele afirmou que, dos 12 detidos, seis permaneceram presos e serão indiciados pelo crime de terrorismo, de acordo com informações do site R7.

Ainda na coletiva, o governador informou que amanhã (25) vai a Brasília para se reunir com o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro. Segundo ele, criminosos de pelo menos 12 estados estão no Rio de Janeiro.

Um trem, estações e mais de 30 ônibus foram queimados por milicianos na zona oeste, em represália à morte do criminoso conhecido como Faustão. Castro defendeu a tese de que a pena para esse tipo de crime seja mais severa. "Ou a gente endurece a legislação, como outros locais do mundo fizeram, ou a gente vai ter essa mistura de México com Colômbia", afirmou Castro.

Ataques ao transporte público

Ataques a ônibus, trem em chamas e suspensão parcial do serviço do BRT foram registrados em bairros da zona oeste do Rio de Janeiro na noite desta segunda-feira. A onda de violência assustou os cariocas na volta para casa e levou o município a entrar em estágio de atenção.

Ao menos oito bairros foram alvo das ações orquestradas pela milícia que atua na região. Os crimes ocorreram após a morte de Matheus Rezende em uma operação da Polícia Civil na comunidade Três Pontes, em Santa Cruz. Ele era o segundo homem da hierarquia do grupo e sobrinho de Zinho, um dos criminosos mais procurados do estado. O Corpo de Bombeiros afirmou ter registrado 36 ocorrências de fogo em veículos em diversos pontos da zona oeste do Rio. Cerca de 200 militares de 15 quartéis trabalharam no combate às chamas.


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