Morador afirma que pousada em Porto Alegre não tinha extintor de incêndio

Morador afirma que pousada em Porto Alegre não tinha extintor de incêndio

Marco Aurélio conseguiu salvar a esposa e vizinhos no prédio

Marcel Horowitz

Morador relatou condições precárias de moradia na pousada Garoa

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Sem extintor de incêndio, baratas espalhadas pela cozinha e até mesmo ratos. Este é o cenário narrado por um morador da pousada Garoa, atingida na madrugada desta sexta-feira pelo fogo, que vitimou ao menos dez pessoas e feriu outras 11 em Porto Alegre.

Marco Aurélio Souza explicou ao Correio do Povo como era morar no local, que fica na avenida Farrapos, no Centro da Capital. “Esta é uma situação que nunca pensamos em presenciar. Na realidade, desde que entramos aqui, nunca nos deram condições boas para morar. É desumano. Há baratas e ratos espalhados pela cozinha e pelos quartos. Além disso, não tinha extintor de incêndio para apagar o fogo quando ele começou”, relatou.

Conforme Marco Aurélio, os problemas foram relatados para os administradores do local, mas nunca foram resolvidos. “Chegaram até nos proibir de tomar chimarrão, mas agora esperaram uma tragédia acontecer para tomar uma providência”, acrescentou.

O morador explicou que estava na pousada na companhia da esposa, que está grávida. “No momento do incêndio, estávamos em uma parte que não foi atingida pelas chamas. Estávamos no terceiro andar. Consegui salvar a minha esposa e mais três mulheres que estavam por perto. Teve um senhor que foi obrigado a pular do terceiro andar. As pernas dele começaram a ficar queimadas e ele teve de pular para sobreviver”, contou.

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