Moradora morta dentro de casa estava fora da área de operação, diz comandante do Bope
Gabriele Ferreira da Cunha, de 41 anos, foi socorrida por moradores da Chatuba, onde não havia agentes atuando, diz PM
publicidade
A cabeleireira Gabriele Ferreira da Cunha, de 41 anos, foi morta a tiros dentro de casa na Chatuba, comunidade do Complexo da Penha, na zona norte do Rio, nas primeiras horas desta terça-feira. Segundo o comandante do Bope, tenente-coronel Uirá Ferreira, ela foi baleada em uma área onde os agentes não atuavam, já que a incursão foi realizada na Vila Cruzeiro.
Ainda segundo o comandante, a vítima foi socorrida pelos moradores da região e levada para o Hospital Geral de Bonsucesso. Nenhuma equipe, nem da Polícia Militar nem da Polícia Rodoviária Federal, reportou o ocorrido.
No início desta tarde, um perito da Delegacia de Homicídios da capital foi atingido por estilhaços enquanto fazia perícia na parte baixa da comunidade. Ele foi levado para o Hospital Estadual Getúlio Vargas e ainda não se tem notícia sobre seu estado de saúde.
O agente afirmou que houve dificuldade para a força-tarefa de mais de 80 homens entrar na Vila Cruzeiro, devido à presença de muitas barricadas e à forte resistência dos traficantes. "Os criminosos se prepararam para essa ação", disse o tenente. Um helicóptero blindado foi alvo de três disparos em represália à operação.
Ao menos 13 fuzis foram apreendidos, e dois suspeitos feridos estão internados sob custódia. Há indícios de que, entre os dez bandidos mortos, possa haver traficantes de outros estados que estavam escondidos na Vila Cruzeiro — inclusive um chefe conhecido como Pezão do Pará. Os corpos passarão por perícia para identificação.
De acordo com o chefe do Núcleo de Comunicação Social da PRF, Marcos Aguiar, a operação ainda está em andamento. As informações foram confirmadas pelas autoridades policiais durante uma coletiva de imprensa no Centro de Comando e Controle da PM, na Cidade Nova, centro da cidade.