Morte de fotógrafo em Canoas foi premeditada e executada por casal, conclui investigação

O homicídio do fotógrafo Gustavo Gargioni, 23 anos, foi premeditado e executado exclusivamente pelo casal suspeito do crime. Esta é a conclusão da investigação da Polícia Civil, coordenada pelo titular da Delegacia de Homicídios de Canoas, delegado Marco Guns. Em coletiva nesta terça-feira, o delegado afirmou que o jovem foi alvo de uma emboscada.Uma das dúvidas da polícia era se havia participação de outras pessoas na morte, mas Guns esclareceu que "o crime foi praticado tão somente pelos dois".

Os suspeitos do crime são Juliano Biron da Silva, 31 anos, e Paula Caroline Ferreira Rodrigues, 21 anos, que tiveram a prisão decretada e são considerados foragidos. De acordo com o delegado, quando o fotógrafo entrou no carro em que Paula estava ao volante, ele acreditava que ela estava sozinha. Segundo o delegado, após ser surpreendido por Juliano Biron e ser levado à Prainha do Paquetá, o fotógrafo tem a certeza de que irá ser morto e, por isso, entra em luta corporal com Biron, é atingido por disparos, e se atira do carro.

De acordo com a perícia, o fotógrafo foi atingido na cabeça com diversos golpes provenientes da coronha da arma de Biron. Em seguida, o jovem, inconsciente, foi atirado numa poça d' água e baleado com 12 tiros." Ao todo ele foi atingido por 19 projeteis", informou o delegado.

Segundo a investigação, Juliano Biron e Paula Rodrigues fugiram pela BR 448 e depois acessaram a BR 290. Eles tentaram despistar a polícia retornando a Canoas, mas foram a Porto Alegre. Conforme o delegado, o casal chegou a um condomínio de luxo na zona Norte por volta da 1h. Várias pessoas teriam visto os dois - ambos vestiam moletom canguru e boné. "Vão até seu apartamento, pegam uma mochila, retornam para o carro Kia Soul e saem para a clandestinidade", contou

O corpo do jovem foi encontrado às margens do acesso à Prainha do Paquetá, no limite entre os bairros Mathias Velho e Mato Grande, em 28 de julho.