Morte de taxista reacende debate sobre segurança em Porto Alegre

Morte de taxista reacende debate sobre segurança em Porto Alegre

Motorista foi assassinado a tiros em assalto a posto de combustíveis

Correio do Povo e Rádio Guaíba

Brigada Militar avalia como positivo o resultado das operações realizadas na cidade, enquanto o Sindicato dos Taxistas reclama da falta de proteção aos motoristas

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A morte do taxista João da Silva Rodrigues na manhã desta sexta-feira, durante assalto a um posto de combustíveis em Porto Alegre, reacendeu a discussão sobre a Segurança Pública na Capital. A Brigada Militar avalia como positivo o resultado das operações realizadas na cidade, enquanto o Sindicato dos Taxistas reclama da falta de proteção aos motoristas. Já o representante dos postos de combustíveis considera positivo o trabalho de troca de informações com a polícia para a diminuição dos assaltos aos estabelecimentos

“A categoria trabalha sem nenhuma segurança. Temos que buscar a solução de verdade, tirando o marginal da rua e o dinheiro dos táxis. Enquanto isso não acontecer, a categoria estará à mercê da bandidagem. Nós trabalhamos na linha de frente e sujeito a mortes. A Operação Golfinho tirou os policias da Capital e mandou para o Litoral. Essa foi a primeira e, infelizmente, teremos outras mortes”, disse presidente do Sindicato dos Taxistas de Porto Alegre, Luiz Nozari, em entrevista à Rádio Guaíba.

O Subcomandante do Comando de Policiamento da Capital (CPC), o tenente-coronel José Luiz Ribeiro Paz, defende as ações da Brigada Militar e considera o assalto como um fato dentro da normalidade para um grande cidade. “A Brigada Militar tem feito operações sistemáticas, que a gente chama de pré-sal, que é voltada ao segmento de postos de combustíveis . Aliado a isso, temos outras operações voltadas também para transporte coletivo e táxi. Todas elas estão em andamento e ocorrem diariamente. Temos a fiscalização periódica nas guarnições e tem a orientação para o monitoramento na madrugada. Diversas medidas preventivas foram adotadas. Infelizmente, tivemos esse caso, mas faz parte dos acontecimentos”, afirmou Paz, que descarta que o remanejamento de policiais para o Litoral prejudica a segurança na Capital.

“Temos a nossa rotina diária em números que atendem a nossa demanda. Claro que já é de conhecimento público de que a Brigada tem uma defasagem histórica e a gente convive com ela. A Operação Golfinho é planejada pela instituição e nós enviamos alguma demanda para o Litoral, mas planejado por períodos”, garantiu Paz. 

A posição da Brigada Militar tem o apoio do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes do Rio Grande do Sul (Sulpetro/RS). De acordo com o presidente da entidade, Adão Oliveira, a troca de informações com os órgãos de segurança tem trazido bons resultados. “Nós fizemos um relatório mensal para a Secretaria de Segurança e Brigada Militar de todos os acontecimentos referentes a assaltos a postos de gasolina. Fornecemos todos os detalhes para a Brigada fazer um trabalho mais eficiente. Isso vem ocorrendo. Nós conseguimos reduzir nos últimos meses o número de assaltos, mas sempre ocorrem, principalmente nesse período de final de ano”, apontou.

Por medida de segurança, a Brigada Militar enviou policias à casa do governador Tarso Genro para o caso de ocorrer manifestações dos taxistas a exemplo do que já aconteceu em casos anteriores.

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