MP denuncia dois novos réus por morte de Eliseu Santos

MP denuncia dois novos réus por morte de Eliseu Santos

Adelino Ribeiro da Silveira e o tenente-coronel da BM Aroldo Veriano da Silva foram incluidos no processo

Jerônimo Pires / Rádio Guaíba

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Os promotores de justiça Eugênio Paes Amorim e Lúcia Helena Callegari apresentaram, na noite desta segunda-feira, uma denúncia contra mais dois suspeitos de participação na morte do ex-secretário da Saúde de Porto Alegre, Eliseu Santos. Os novos nomes do processo são o tenente-coronel da Brigada Militar, Aroldo Veriano da Silva, e o detento por estelionato Adelino Ribeiro da Silveira.

Denunciado por estelionato em outros casos, Adelino também foi incluído entre os denunciados no processo por ter admitido ter entregue R$ 15 mil, a mando do oficial, ao suposto executor do crime, Eliseu Pompeu Gomes. Ainda conforme o relato do apenado, uma segunda parcela de mais R$ 15 mil foi paga depois do assassinato.

Em abril, Adelino procurou o Ministério Público (MP) dizendo que Veriano era um dos sócios da empresa Reação, que mantinha contratos com a Secretaria da Saúde, rompidos durante a gestão de Eliseu. O dono e gerente do empreendimento já haviam sido denunciados pelo MP como os supostos mandantes da morte do ex-secretário.

Em um outro trecho do depoimento prestado ao Ministério Público, Adelino relatou que o plano inicial não era executar Eliseu em Porto Alegre, mas em um sítio em Arroio dos Ratos, na região Carbonífera. O suposto plano tramado pelo oficial e pelo diretor da Reação, Jorge Renato Hordoff de Mello, segundo o detento, era enterrar o corpo na propriedade.

Em um segundo depoimento, Adelino mencionou o suposto recebimento de propina pelo delegado que respondeu pela investigação, Bolívar Llantada, e por outros policiais da Delegacia de Homicídios, a fim de manterem a tese de que Eliseu foi vítima de um latrocínio (roubo com morte) e não de uma execução. Hoje titular da 3ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana, Llantada colocou os sigilos à disposição da Corregedoria da Polícia Civil, do MP e do Poder Judiciário.

Na semana passada, Adelino foi transferido do Presídio Central alegando ter sofrido ameaças de morte. Já o futuro do tenente-coronel Aroldo Veriano da Silva, lotado na Secretaria Estadual da Segurança Pública, ainda não foi definido. Ele permanece em férias e com o celular desligado.

Eliseu Santos morreu em 26 de fevereiro, na saída de um culto religioso no bairro Floresta, em Porto Alegre. A Polícia Civil entendeu, na época, que ocorreu um latrocínio (matar para roubar). O Ministério Público alega que o crime foi motivado pela perda de licitações da empresa Reação na Secretaria Municipal de Saúde. Hoje, todos os 13 denunciados estão soltos.

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