MP denuncia estudante picado por naja e outros três no Distrito Federal

MP denuncia estudante picado por naja e outros três no Distrito Federal

Promotoria revela que Justiça aceitou o pedido e ele viraram réus por associação criminosa, venda, criação de animais sem licença e maus-tratos

R7

Segundo Polícia Civil, há indícios de que ele também estaria tentando atrapalhar investigação

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O Ministério Público do Distrito Federal denunciou o estudante de veterinária Pedro Henrique Krambeck, picado por uma naja que criava de forma clandestina, por criação e venda ilegal de serpentes. Rose Meire dos Santos Lehmkuhl, Clóvis Eduardo Condi e Gabriel Ribeiro de Moura também foram denunciados pela Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente e Patrimônio Cultural (Prodema).

Segundo o órgão, a Justiça aceitou a denúncia e os quatro são réus pelos crimes de associação criminosa, venda e criação de animais sem licença e maus-tratos contra animais. Rose Meire, Clóvis e Gabriel também responderão por fraude processual e corrupção de menores.

Individualmente, o estudante responde, ainda, por exercício ilegal da profissão, e Rose Meire, crime de dificultar ação fiscalizadora do poder público em questões ambientais. O R7 ainda não localizou a defesa dos acusados. O espaço está aberto para manifestação.

De acordo com o MP, as investigações mostraram que o estudante adquiria, criava em cativeiro e vendia serpentes de diversas espécies, tanto nativas quanto exóticas - os animais eram comprados de forma ilegal em São Paulo e na Bahia e mantidos no apartamento da família, no Guará, em condições inadequadas. "Ficavam confinados em embalagens plásticas reduzidas por longos períodos e alguns apresentavam lesões e deficiência nutricional", diz o órgão.

Rose Meire e Clóvis eram coniventes com os crimes e participavam ativamente da criação das serpentes e do cuidado com os ovos, aponta a denúncia. Gabriel foi o responsável por se desfazer dos animais quando surgiram suspeitas sobre o criatório ilegal - "ele recebeu de Clóvis a garantia de que não seria punido por soltar a cobra que havia picado Gabriel e que o animal seria recolhido pelo Batalhão de Polícia Militar Ambiental".


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