MPRS apura cobrança de atendimentos pelo SUS em hospital de Sobradinho

MPRS apura cobrança de atendimentos pelo SUS em hospital de Sobradinho

Alvo de operação são dois médicos, duas ex-funcionárias da casa de saúde e dois ex-administradores da instituição

Correio do Povo

Brigada Militar prestou apoio no cumprimento de 11 ordens judiciais

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O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) desencadeou a operação Falsità nesta quarta-feira nos municípios de Sobradinho e Segredo. A ação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Promotoria de Justiça de Sobradinho teve apoio da Brigada Militar através do 2º Batalhão de Polícia de Choque (2º BPChq).

A investigação começou em setembro do ano passado e apura a conduta de profissionais de um hospital de Sobradinho. Conforme o MPRS, eles trabalharam a partir de 2019 na instituição e são suspeitos de cobrarem por atendimentos feitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Os alvos das ordens judiciais são dois médicos, duas ex-funcionárias da casa de saúde e dois ex-administradores do hospital. Eles são investigados por concussão, falsidade ideológica, associação criminosa e crimes contra a ordem tributária. Houve o cumprimento de 11 mandados de busca e apreensão que estão sendo cumpridos no hospital, em duas clínicas, em dois escritórios de contabilidade e em seis residências.

A ação resultou no recolhimento de R$ 11,3 mil em moeda nacional, 12,1 mil dólares, 4,8 mil pesos e 2 mil guaranis, além de 70 munições de calibres 32, 35 e 38, quatro armas, seis telefones celulares, três HDs, um notebook, um pendrive e documentos. 

Conforme o coordenador do Gaeco, André Luis Dal Molin Flores, e o promotor de Justiça Renan Loss, que coordenam a operação, os médicos se valiam de contas bancárias das duas funcionárias do hospital para receberem valores indevidamente cobrados de pacientes atendidos pelo SUS. As duas servidoras, inclusive, tinham direito a uma espécie de comissão por realizarem as cobranças ilegais e destinarem os valores aos médicos.

Segundo a investigação do MPRS, essas cobranças eram realizadas com a anuência de dois administradores do hospital à época. O promotor de Justiça João Afonso Silva Beltrame também atua na ofensiva.


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