"Não dói o útero e sim a alma", escreve adolescente vítima de estupro coletivo
Advogado de suspeito de ter compartilhado foto disse que pedido de prisão é descabido
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Desde que o caso veio à tona, as redes sociais foram inundadas de campanhas contra a violência sexual contra mulheres. Inúmeros usuários colocaram a frase "Eu luto pelo fim da cultura do estupro" eu sua imagem de perfil. Por meio de seu advogado, um dos suspeitos de ter compartilhado a foto em que a jovem aparece afirmou que não sabia que el havia sido violentada. Ele contou ter recebido a foto num grupo de WhatsApp e, em seguida, compartilhou em sua conta no Twitter, já excluída da rede devido à repercussão.
"Ele brincou de maneira absurda. Faltou maturidade, não foi com intenção de causar vexame à garota", disse o advogado Igor Luiz Carvalho. "A família está arrasada. Ninguém concorda com o ato dele de divulgar a foto, foi até uma monstruosidade. Mas ele não sabia que era um estupro", afirmou.
Ação midiática e descabida
Na fotografia compartilhada pelo suspeito, estava um dos homens envolvidos diante do corpo da jovem, estirado de bruços sobre a cama. Segundo o advogado, seu cliente não conhecia a vítima nem os agressores. Em depoimento à polícia, a garota contou que foi atacada por 33 homens e só lembrava de ter acordado no dia seguinte, "dopada e nua".
O advogado classificou o pedido de prisão de seu cliente como "descabido" e disse que a polícia está atuando "de forma midiática". "Ele não participou do estupro, nem sabia que a menina tinha sofrido violência sexual", insistiu. O advogado informou ainda que seu cliente não se apresentará às autoridades e que ele tentará reverter o pedido de prisão.