Novo alojamento de trabalhadores é interditado em Bento Gonçalves
Não houve constatação de trabalho de análoga à escravidão, mas problemas prevenção de incêndio, falta de alvará e documentação para funcionamento como pousada
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A prefeitura de Bento Gonçalves interditou nessa quarta-feira um outro alojamento durante a fiscalização de locais com característica de abrigar trabalhadores na cidade. A ação ocorreu no âmbito da força-tarefa criada após o resgate de 207 trabalhadores baianos em situação análoga à escravidão no município e contratados por uma empresa para atuarem para três vinícolas.
Desta vez, a situação de trabalho análogo à escravidão não foi constatada. Situado na rua Maximiliano Sonza, no bairro Universitário, o local não possuía alvará e nem documentação para funcionamento. No espaço foram encontradas 24 pessoas, que foram contratadas para trabalharem no setor avícola da região. O grupo está na cidade desde dezembro do ano passado e alega que ainda não receberam salários.
Os trabalhadores inicialmente foram encaminhados para a Casa de Passagem, no bairro Maria Goretti. A Secretaria Municipal de Esportes e Desenvolvimento Social realizou o cadastramento delas e buscou o relato sobre a situação de trabalho para encaminhamento aos órgãos responsáveis.
Já o Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul (CBMRS) atuou junto na ação realizada na pousada. “Por estar sendo ocupado com características ocupacionais de alojamento, o responsável e o proprietário foram notificados para que providenciasse a regularização da prevenção de incêndio”, informou. Extintores, iluminação de emergência e placas indicativas de saída são algumas das providências a serem feitas.
A instituição esclareceu o alojamento, uma construção unifamiliar locada por um dos trabalhadores, vinha sendo ocupada por mais de 30 pessoas ao invés de abrigar apenas uma família. O local encontra-se interditado. Um auto de infração de segurança contra incêndio foi emitido pelo CBMRS.
