Ofensiva contra homicídios é deflagrada em Canoas

Ofensiva contra homicídios é deflagrada em Canoas

Operação Não Matarás ocorre após seis mortes violentas registradas na última semana

Marcel Horowitz

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Policia Civil e Brigada Militar vão ocupar, diariamente, áreas onde ocorreram homicídios em Canoas, na região Metropolitana. A ofensiva fez parte da Operação Não Matarás, que conta com policiais do Departamento de Homicídios e com o apoio da Divisão Aérea da Polícia Civil, além da Guarda Municipal.

A ação ocorre após Canoas registrar seis homicídios na última semana. Conforme o delegado Rafael Soares Pereira, diretor da Divisão de Homicídios da Região Metropolitana, a alta nos crimes violentos ocorre após sete meses de estabilidade no município.

"Geralmente intensificamos a Operação Não Matarás quando o índice de homicídios aumenta. Nessa ação, fazemos a saturação das áreas onde ocorrem as mortes e de onde acreditamos que partem as ordens para que os crimes ocorram", declarou Soares. "Canoas vinha de uma fase de sete meses de uma redução muito forte nos homicídios. Nesse mês que passou, teve uma elevação e foi a cidade que mais nos causou preocupação."

O delegado explica que, no decorrer dos inquéritos, ações de saturação de área devem continuar. "Vamos buscar os autores e mandantes [dos homicídios]. Esse conceito deu certo em outras cidades e em Canoas, durante sete meses, também. Também vamos agir com saturações de áreas enquanto os inquéritos policiais não forem concluídos. Não só para dar sensação de segurança para a comunidade, mas também para causar prejuízo ao crime organizado", enfatizou Soares.

O delegado Arthur Reguse, titular da Dhpp de Canoas, conta que nove pessoas foram presas, em setembro, por envolvimento nos assassinatos. Ele também destacou a prisão de uma dupla, de 18 e 19 anos, que foi capturada momentos após um homicídio na rua Machadinho, no bairro Rio Branco.

"Na última quinta-feira obtivemos duas prisões importantes. Um deles era um adolescente infrator que havia respondido por dois homicídios, já tinha sido internado na Fase por duas vezes, atingiu a maioridade e foi preso em flagrante", destacou Reguse. "Estamos bem articulados com os demais órgãos de segurança pública, Justiça e Ministério Público, no sentido de trabalhar conjuntamente para reduzir os homicídios na cidade."

As investigações apontam que a alta no índice de homicídios ocorre após uma disputa entre dois grupos criminosas. Uma das facções é oriunda do bairro Bom Jesus, na zona Leste de Porto Alegre, mas que também atua na região Metropolitana. A outra é uma dissidência do primeiro grupo e tem o foco de atuação no bairro Mathias Velho.


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