Oito homens teriam incendiado veículos no Morro Santa Tereza

Oito homens teriam incendiado veículos no Morro Santa Tereza

Destruição de coletivos foi motivada pela morte de adolescente na zona Sul de Porto Alegre

Correio do Povo e Rádio Guaíba

Oito homens teriam incendiado veículos no Morro Santa Tereza

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O comandante do 1º Batalhão de Polícia Militar (BPM), tenente-coronel Maciel Júnior, afirmou nesta quinta-feira que ao menos oito homens teriam participado do incêndio de uma lotação e dois ônibus no Morro Santa Tereza, na zona Sul de Porto Alegre. A destruição dos coletivos foi motivada pela morte de Ronaldo Lima, de 18 anos, ocorrida em um suposto confronto com a Brigada Militar (BM).

"Estabelecemos contato com o dono da lotação e descobrimos que dois homens entraram no veículo e mandaram o motorista descer antes de atear fogo. O mesmo ocorreu com os dois ônibus da linha 95 TV. Seis homens mandaram os condutores deixarem os coletivos para iniciar o incêndio. Os veículos estavam prontos para sair do final da linha", explicou Maciel Júnior.

O tenente-coronel não soube explicar qual o tipo de material usado para incendiar a lotação e os dois ônibus. Ele comentou que a câmera que fica em um dos coletivos teve a fonte cortada. "Se vocês (jornalistas) observarem, vão ver que a câmera da lotação funcionava muito bem. Nós inclusive usávamos alguns registros para obter informações sobre a vila Buraco Quente, uma região bastante conflagrada. Estas imagens mostravam que algumas pessoas andavam por aqui com armamento pesado", relatou.

Segundo Maciel Júnior, o fio da câmera foi cortado porque criminosos que atuariam na região perceberam que a BM usava o dispositivo para observar a movimentação do local. "Toda vez que instalamos uma câmera no lotação, eles vão ali e cortam. Até quero lembrar que a colocação de outras câmeras nas ruas da comunidade não foi possível porque a comunidade não permitiu", argumentou.

De acordo com o comandante do 1º BPM, agentes da perícia criminal tiveram dificuldades para trabalhar após a morte de Ronaldo Lima. "Eles não conseguiram atuar porque foram obrigados a retirar o corpo do local. A situação estava muito complicada e foi preciso escolta. Tivemos quatro viaturas apedrejadas", acrescentou. 

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